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Corpo de menino Juan deverá ser sepultado na sexta-feira

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O corpo do menino Juan de Moraes, de 11 anos, deverá ser sepultado na sexta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Édson Passos, bairro de Miguel Pereira (RJ). 

O menino, que estava desaparecido desde o dia 20 de junho após uma operação policial na Favela do Danon, em Nova Iguaçu, municipio da Baixada Fluminense, teve sua morte confirmada nesta quarta-feira, pela chefe da Polícia Civil, Martha Rocha.

>> PMs suspeitos de envolvimento na morte de Juan são afastados

Parentes do menino estiveram no Instituto Médico Legal (IML), mas a liberação só será obtida nesta quinta-feira. 

Juan desapareceu durante uma operação de policiais militares do 20º BPM na comunidade do Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A criança estava acompanhada de seu irmão Wesley, 14 anos, e de Wanderson dos Santos de Assis, 19 anos. 

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), gestora do Programa de Proteção à Criança e Adolescente Ameaçada de Morte do Estado do Rio de Janeiro (PPCAAM), está prestando  assistência  à família de Juan.  Familiares protegidos pelo PPCAAM receberam a notícia de identificação do corpo da criança por técnicos da instituição que desenvolve o programa.  

O depoimento dos 11 policiais militares suspeitos de envolvimento no desaparecimento do menino Juan acabou na madrugada desta quarta-feira, e durou 13 horas. Foram ouvidos os quatro policiais que informaram ter participado do confronto contra traficantes da favela, e outro sete agentes que estavam nas proximidades do local. Todos dizem que não viram o menino Juan durante o tiroteio.

Quando ocorreu a operação na Favela Danon, os PMs ocupavam cinco carros, que já foram analisados pela perícia. Quatro policiais foram afastados das ruas. Dois deles já estiveram envolvidos em autos de resistência. Juan, o irmão dele, Wesley, e Wanderson dos Santos de Assis foram baleados durante a troca de tiros. Juan vinha da casa de um amigo com o irmão quando ocorreu o confronto. Os meninos atravessavam uma viela, entre os muros altos de duas casas, quando foram atingidos.