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Bueiros: "Light abandonou a manutenção há 15 anos", diz engenheiro do Crea

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Ao passar pelo bueiro que explodiu na manhã desta quinta-feira(5), em Copacabana (Zona Sul do Rio), o engenheiro da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Luiz Antônio Consenza, afirmou que a Light não faz manutenção de sua rede há cerca de 15 anos.

"A Light abandonou a manutenção há 15 anos e a demanda pelos serviços da empresa só aumenta. Há uma grande necessidade de investimento para evitar novas explosões", afirmou Consenza.

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Sobre a grande incidência de explosões nos últimos meses, ele disparou:

"O problema já passou do anormal. Não é mais aceitável esta situação ao qual estamos expostos. Não dá para tolerar o fato de ficarmos esperando para saber qual vai ser o próximo bueiro a explodir". 

Segundo informações de Consenza, o Crea prepara um relatório - a pedido do Ministério Público -  sobre os principais problemas encontrados em bueiros cariocas. Procurada pela reportagem do Jornal do Brasil, a Light ainda não se manifestou sobre a acusação.


MP: Light pagará R$ 100 mil por bueiro que explodir

O Ministério Público do Estado do Rio  de Janeiro e a empresa de energia elétrica Light assinam nesta quarta-feira (6) um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). De acordo com os Promotores de Justiça de Defesa do Consumidor, o objetivo do documento é criar uma sanção econômica (multa de R$ 100 mil) sempre que houver explosão de bueiro que cause morte, lesão corporal (leve, grave ou gravíssima), e/ou dano ao patrimônio público ou privado.

O compromisso assumido com o MPRJ não isenta a empresa de qualquer responsabilidade civil.

Prefeitura vai processar a Light

A prefeitura do Rio emitiu nota na noite de segunda-feira (4) informando que vai multar a Light por danos ao patrimônio público e interrupção de vias públicas. O valor, no entanto, não foi divulgado. Ainda de acordo com o documento, a Procuradoria-Geral do Município do Rio está preparando uma medida legal contra a empresa diante da “exposição a perigo da população da cidade do Rio de Janeiro causada pelas recorrentes explosões”. A administração municipal também classificou como “inaceitáveis” as ocorrências.

Na nota, a prefeitura lembra, ainda, que foi criada uma comissão de acompanhamento da situação após explosão, em abril deste ano, de uma caixa subterrânea em Copacabana, na zona sul da cidade. Coordenado pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, o grupo se reuniu com a Light por diversas vezes, mas, conforme o documento, a companhia informou à prefeitura que não tinha conhecimento “de risco iminente em qualquer logradouro da cidade”.

Com Agência Brasil