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Deputados criticam atuação de Cabral na crise dos bombeiros

"Cabral está com a bola nos pés, mas está jogando mal", define Paulo Ramos

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A frente parlamentar de apoio às manifestações dos bombeiros do Rio de Janeiro, cirada na Assembleia Legislativa (Alerj), criticou duramente a posição do governador Sérgio Cabral durante a crise. Para o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), Cabral não agiu a à altura do cargo.

"O que ele fez não é o que se espera de alguém que ocupa uma posição tão importante. As 21 mil isenções fiscais do governo estadual, que fizeram o Rio de Janeiro deixar de arrecadar R$ 50 bilhões, mostram bem onde está a preocupação deles", atacou o parlamentar.

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A crise está sendo mediada na Alerj pelo deputado estadual Paulo Melo (PMDB), líder do governo na Casa. De acordo com os parlamentares que apóiam os bombeiros, ainda não há qualquer resposta de Sérgio Cabral, que acusou a frente de usar o movimento por motivos políticos.

"Temos aqui reunidos deputados de frentes completamente diferentes, mas todos nós estamos lutando pelo mesmo tema. E não por uma questão política, e sim de cidadania", disse a deputada Clarissa Garotinho (PR). "Quando o político não age, ele é omisso. Quando ele age, o acusam de agir por motivos puramente políticos. Estamos fazendo isso pelos bombeiros, não por nós".

O deputado Paulo Ramos (PDT) atribuiu o fracasso das negociações à falta de confiança entre o governo do estado e a liderança do movimento dos bombeiros. Ontem, durante a reunião da frente parlamentar, os líderes da greve pediram para não ser entrevistados ou fotografados.

"Eles chamam os bombeiros para negociar e, na hora da reunião, os prendem. Reuniões foram canceladas justamente porque os bombeiros estavam trocando informações sobre esta prática e evitando as negociações. O desfecho desta crise está nas mãos do Cabral. Ele está com a bola nos pés, mas está jogando muito mal", afirmou o deputado.