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Mesmo com aumento, bombeiros do Rio terão salário pior que o de Sergipe

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Se for levada em conta a atual política de reajustes concedidos aos bombeiros do Rio, posta em prática pelo governo Sérgio Cabral, o salário dos militares fluminenses, ao fim do mandato do governador, será inferior ao praticado em Sergipe. A informação é do deputado estadual Marcelo Freixo, que apresentou, nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa, um estudo do Supremo Tribunal Federal, segundo o qual, o governo estadual deixou de arrecadar, entre 2007 e 2010, R$ 50,3 bilhões por causa de isenções fiscais concedidas a cerca de 20 mil empresas.

>> Bombeiros só deixam a Alerj após lbertação dos colegas

Freixo e outros deputados, como Clarissa Garotinho (PR), Wagner Montes (PDT) e Paulo Ramos (PDT). formaram uma frente parlamentar em defesa dos bombeiros e garantiram, após reunião na Alerj, já terem adesões suficientes para obstruir a pauta da Casa a partir de amanhã, caso duas exigências feitas ao governo não sejam atendidas. 

Os parlamentares exigem que os bombeiros presos após a invasão do quartel-general da corporação, na sexta-feira, sejam anistiados, e querem ainda a retomada das negociações entre o estado e a categoria. A interlocução entre a frente e o governador é do líder governista na Alerj, o deputado Paulo Melo (PMDB).

Segundo Marcelo Freixo, que apresentou o estudo feito pelo STF, a isenção fiscal praticada no estado mostra que o governo fluminense tem "outras prioridades". Freixo afirma ainda que, mesmo com o reajuste concedido pelo governo estadual, de 1% ao mês, no fim do mandato de Cabral os bombeiros do Rio receberão um salário inferior ao dos colegas de Sergipe.

"Temos todo o respeito por Sergipe, mas é inegável que o Rio de Janeiro é um estado com maior arrecadação", lembra Freixo.

Clarissa

Já a deputada Clarissa Garotinho, filha do casal Garotinho, que governou o estado antes de Cabral, afirmou que vai estudar, na Constituição estadual, uma forma de propor uma emenda que permita a anistia aos bombeiros presos.

Desde as primeiras horas desta segunda-feira, centenas de bombeiros e seus parentes ocupam as escadarias da Alerj e exigem a libertação dos militares presos após a invasão do quartel-general.