Deputados e senadores criticaram nesta quarta-feira (12) a decisão do juiz federal Sérgio Moro de condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão. Alguns reforçam, ainda, o simbolismo da reforma trabalhista aprovada na véspera e a liberdade de políticos de outros legendas.
O senador Roberto Requião (PMDB/PR) recorreu às redes sociais para falar sobre a decisão do juiz. "Lula condenado, Aécio liberado, Temer protegido, soberania fulminada, trabalhador escravizado, mercado triunfante, até que o Brasil se levante."
"Justiça todos queremos, mas a justiça seletiva está a serviço de interesses que não são os do Brasil", alertou o senador peemedebista em outra publicação.
O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), criticou o fato da condenação ter sido divulgada no mesmo dia em que a CCJ discute denúncia contra Michel Temer. "Mais uma vez as coincidências de Sérgio Moro, que coloca na pauta a condenação do Lula, que não tem embasamento em provas. Além disso, Moro foi quem condenou, quem investigou, quem denunciou e julgou."
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O senador Humberto Costa (PT/SP) chamou a atenção para a inocência do ex-presidente. "Queremos reafirmar que o presidente Lula é absolutamente inocente", escreveu no Twitter. "Queremos manifestar o nosso repúdio a essa decisão. Queremos denunciar o caráter político dessa decisão."
A deputada Erika Kokay (PT-DF) reforçou que a condenação de Lula é "eminentemente política", que tem como "único objetivo de torná-lo inelegível". "Vamos recorrer dessa condenação farsesca de Moro contra Lula às Cortes Internacionais. Lula é perseguido político por liderar pesquisas."
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) declarou que Moro escolheu o dia em que a CCJ inicia o debate sobre a denúncia de corrupção contra Temer para condenar Lula, sem provas. "Repito: sentença hj contra Lula é parte de movimento político em apoio aos q governam denunciados por corrupção. #LulaEuConfio #LulaInocente."