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Temer: autoridades que se acham "iluminadas por centelhas divinas" tentam desarmonizar poderes

Presidente defendeu conceitos da "Revolução Francesa", que defendem "contraditório e ampla defesa"

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O presidente Michel Temer afirmou, nesta quinta-feira (6), que autoridades que se acham "iluminadas por uma centelha divina" tentam “desarmonizar os Poderes do Estado”.

“Sem embargo de a Constituição determinar a harmonia entre os poderes, o que mais se verifica, muitas e muitas vezes, é a tentativa de desarmonizar os Poderes do Estado. Isso é um crime em um Estado democrático de direito, isso só passa pela cabeça daqueles que na verdade acham que são autoridades iluminadas por uma centelha divina”, disse Temer, em pronunciamento no Palácio do Planalto.

Segundo o presidente, é preciso insistir em conceitos que remontam à Revolução Francesa, “grandes conceitos no que dizem respeito ao contraditório, à ampla defesa”.

"O que mais precisamos é recuperar conceitos do século XVIII, contraditório, ampla defesa, seriedade nas falas e manifestações. Isso vem lá da Revolução Francesa, Inglesa, dos países capazes de criar concepção do estado democrático de direito. Não é apenas uma palavra, deve ser uma realidade", declarou.

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Temer deu as declarações durante cerimônia de anúncio de remodelações no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que foi rebatizado de Novo Fies. O presidente elogiou o programa, gestado em governos anteriores, dizendo que ele “deu certo” e, por isso, está sendo “aperfeiçoado”.

O presidente deve embarcar às 13h desta quinta-feira para o encontro do G20, que reúne autoridades das 20 maiores economias do mundo em Hamburgo, na Alemanha. Deverá assumir a Presidência da República o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), uma vez que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), primeiro na linha sucessória, cumprirá agenda na Argentina.

Temer viaja na mesma semana em que começou a tramitar, na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara, a denúncia por corrupção passiva apresentada contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autoridade cuja atuação vem sendo questionada pelo presidente.

Com Agência Brasil