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CBN: Dois suspeitos de envolvimento com ameaça terrorista no Rio fugiram do país

Segundo reportagem, eles foram para o Paraguai através do Mato Grosso do Sul

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Após a deflagração da Operação Hashtag, realizada pela Polícia Federal com o intuito de impedir um ataque terrorista que estava sendo planejado através de grupos de conversas em aplicativos de mensagens instantâneas como o Whatsapp e o Telegram, a PF expediu 12 mandados de prisão preventiva dos suspeitos. Dez deles foram presos na última quinta-feira (21), porém, de acordo com uma reportagem da CBN, outros dois teriam fugido para o Paraguai após descobrirem a existência da operação.

A fuga dos suspeitos teria sido feito através da fronteira do Brasil com o Paraguai no Mato Grosso do Sul. O ministro da Justiça, inclusive, tem uma viagem agendada para o país nesta sexta-feira (22). No entanto, a justificativa oficial da viagem é que Moraes irá se encontrar com o ministro paraguaio da Secretaria Antidrogas para erradicar o comércio de drogas entre os países.

Os dez suspeitos presos são de São Paulo, Amazonas, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará, e foram encaminhados para um presídio de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os suspeitos foram os primeiros a serem enquadrados na nova lei antiterrorismo, que foi sancionada em março deste ano.

O ministro da Justiça Alexandre Moraes havia indicado durante entrevista coletiva concedida na manhã da última quinta-feira (21) que eram 12 mandados de prisão e que duas pessoas não tinham sido presas, mas estavam rastreadas aguardando a prisão. Mais tarde, porém, as assessorias de imprensa da PF e do Ministério da Justiça informaram que oficialmente foram 10 mandados de prisão temporária e 2 mandados de condução coercitiva.

Durante entrevista realizada na tarde desta sexta-feira (22), na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, Alexandre de Moraes comentou sobre a possível fuga dos supostos terroristas ligados ao Estado Islâmico, o ministro disse que  "não há informação de que eles estejam no Paraguai", e afirmou que eles estão sendo monitorados, porém não entrou em detalhes sobre como está acontecendo esse monitoramento.

Há informações de que as agências nacionais e internacionais teriam suspeitas mais fortes em relação aos presos no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, e que os presos nos demais estados seriam menos ofensivos. A Operação Lava Jato só teria sido detectada, inclusive, com ajuda de suspeições por parte de agências de investigações de que o grande volume de drogas transportado nas fronteiras desses estados seria usado para lavagem de dinheiro para organizações islâmicas. 

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