Em sua delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que fez o repasse de propina para pelo menos 25 políticos de diferentes partidos, dentre os quais PMDB, PT, PSDB e DEM. Fiador político da indicação para a presidência da Transpetro, o PMDB foi o que mais arrecadou: R$ 100 milhões.
Os pedidos de doações era realizados pelos próprios políticos. Machado, então, solicitava o repasse às empreiteiras que tinham contratos com a Transpetro: "Embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam ao procurarem o depoente que não obteriam dele doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro", afirmou.
Além de ter afirmado que Renan, Jucá e Sarney receberam tanto por doações oficiais como em dinheiro em espécie, o ex-presidente da Transpetro relatou que as empresas Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, NM Engenharia, Estre Ambiental, Polidutos, Essencis Soluções Ambientais, Lumina Resíduos Industriais e Estaleiro Rio Tietê foram as que aceitavam fazer pagamentos de propinas referentes aos contratos.
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Veja a lista dos políticos citados por Sérgio Machado:
Michel Temer (PMDB), presidente interino
Gabriel Chalita (PDT-SP), secretário municipal de Educação de São Paulo
Aécio Neves (PSDB-MG), senador
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ministro do Turismo
Romero Jucá (PMDB-RR), senador
Jader Barbalho (PMDB-PA), senador
Edison Lobão (PMDB-MA), senador
Valdir Raupp (PMDB-RO), senador
José Sarney (PMDB), ex-presidente
Sarney Filho (PV), ministro do Meio Ambiente
Heráclito Fortes (PSB-PI), deputado federal
Sérgio Guerra (PSDB-PE, morto), ex-senador
José Agripino Maia (DEM-RN), senador
Felipe Maia (DEM-RN), deputado federal
Cândido Vacarezza (PT-SP), deputado federal
Luiz Sérgio (PT-RJ), deputado federal
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), deputada federal
Francisco Dornelles (PP-RJ), governador do Rio
Garibaldi Alves (PMDB-RN), ex-senador
Walter Alves (PMDB-RN), deputado federal
Jorge Bittar (PT-RJ), ex-deputado
Ideli Salvatti (PT-SC), ex-ministra
Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro
Teotônio Vilela Filho (PSDB), ex-governador
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