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Suíça encontra assinatura de Cunha vinculada a contas secretas

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O portal G1 informa nesta sexta-feira que os investigadores suíços encontraram a assinatura do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em documentos bancários e de empresas atribuídas a ele, atestando o vínculo do deputado como beneficiário dessas contas e de seus valores. A documentação faz parte do material enviado pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria-Geral da República do Brasil.

Documentos já enviados ao Brasil informam que Cunha tem 2,4 milhões de francos suíços (cerca de R$ 9,3 milhões) no banco Julius Baer, na Suíça, e que ele foi comunicado sobre o bloqueio dessas contas.

Segundo o G1, a revelação de que o conjunto de provas da Suíça contra Cunha tem até a assinatura dele se soma a outras indícios que já vinculavam o presidente da Câmara a essas contas – dados pessoais como o endereço e a data de aniversário dele.

Agora, a Procuradoria Geral da República está estudando se faz um aditamento da denúncia já oferecida, se oferece uma nova denúncia ou pede um novo inquérito. Não há previsão para essa análise.

Eduardo Cunha reiterou nesta sexta-feira (9), em nota assinada por sua assessoria, desconhecer as supostas movimentações financeiras no exterior atribuídas a ele. A nota também refuta “a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco de investigação” e fala em “divulgação seletiva de notícias”.

Ontem (8), o líder do PSOL na Casa, deputado Chico Alencar (RJ), disse que recebeu da Procuradoria-Geral da República a confirmação de que Cunha tem contas na Suíça.

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“O presidente [da Câmara, Eduardo Cunha] desconhece o teor dos fatos veiculados e não tecerá comentários sem ter acesso ao conteúdo real do que vem sendo divulgado. Assim que tiver ciência, por meio de seus advogados, o presidente se manifestará”, diz a nota.

De acordo com o texto, causa “muita estranheza a divulgação seletiva de notícias visando unicamente constranger o presidente da Câmara”. A nota repete o conteúdo de outra, divulgada no dia 20 de agosto, que reafirmar o posicionamento de que “também é muito estranho não ter ainda nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado.”

Cunha ainda reitera o teor do depoimento prestado à CPI da Petrobrás de forma espontânea. Na ocasião, ele disse que as contas que tem estão na declaração de Imposto de Renda.

De acordo com o texto, o presidente da Casa continua “absolutamente tranquilo” realizando seu trabalho “com a mesma lisura e independência” e "confiando plenamente na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal”.