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Pilotos não tinham habilitação específica para pilotar avião com Eduardo Campos

Aeronáutica descarta colisão com drones ou pássaros

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O piloto e o co-piloto responsáveis pelo voo que levava o ex-candidato à Presidência da República Eduardo Campos, e que caiu em Santos, no litoral paulista, no dia 13 de agosto de 2014, não tinham habilitação específica para pilotar o Cesna 560 XL. A informação foi dada nesta segunda-feira (26) pelo tenente-coronel Raul de Souza, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), responsável pelas investigações sobre o acidente que matou sete pessoas.

O Cenipa, por enquanto, apenas fez uma recomendação para que as tripulações façam treinamentos específicos ao operar jatos Cessna CE560-XL. O piloto da aeronave, Marcos Martins, não tinha em seus registros um treinamento diferencial para operar o modelo, mas para um aparelho semelhante. Já o copiloto precisaria de um curso completo.  Apesar disso, a Aeronáutica ainda não sabe se a falta de treinamento foi um fator contribuinte para a queda.

O Cenipa esclareceu que a investigação não tem o objetivo de apontar culpados, mas sim identificar as causas para a prevenção de futuros acidentes.

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Segundo o Cenipa, as investigações mostram ainda que o avião em que viajava Eduardo Campos não colidiu com aves ou quaisquer outros objetos. Também não houve incêndio na aeronave antes da queda, em Santos, no litoral paulista.

O tenente-coronel Raul de Souza informou também que o trem de pouso do aparelho estava recolhido no momento do acidente. De acordo com ele, as evidências ainda apontam que o avião não caiu de cabeça para baixo, ao contrário do que foi cogitado.

O militar não quis dizer se houve falha humana ou não, mas reconheceu que o piloto fez um trajeto diferente daquele que estava previsto na carta de navegação. “Ele fez o trajeto de descida e arremetida diferente da carta. A gente não pode concluir que ele pegou um ‘atalho’”, Raul de Souza.