ASSINE
search button

Cardozo diz que Brasil pedirá extradição de Pizzolato

Compartilhar

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira que o governo brasileiro pedirá a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. "Pedir a extradição dele é nosso dever e assim o faremos. Comunicaremos a prisão ao Supremo Tribunal Federal e tomaremos todas as providências", disse Cardozo. 

A Polícia Federal informou que Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, no processo do mensalão, foi preso em território italiano em operação conjunta com a polícia da Itália.

Pizzolato estava foragido desde novembro do ano passado. Ele integrava em uma lista de procurados da Interpol em mais de 190 países.

Pizzolato estaria com um passaporte falso que pertencia a um irmão já falecido e, por isso, foi preso pela polícia italiana. Ele era o único dos 25 condenados do mensalão que estava foragido.

>> STF vota pela prisão imediata de Henrique Pizzolato, ex-diretor do BB

>> Governo brasileiro analisa extradição de Pizzolato

>> Henrique Pizzolato entra na lista de procurados da Interpol

>> Em carta, Pizzolato diz que vai pedir novo julgamento na Itália

O ex-diretor do BB fugiu para a Itália, país do qual tem dupla cidadania e, por isso, não pôde ser extraditado.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Sua prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal após o julgamento do último recurso, em 13 de novembro. 

A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima. Ele foi encontrado na casa de um sobrinho na cidade de Maranello e levado pra Modena.

Quando foi decretada a prisão de Pizzolato, os agentes da Polícia Federal foram à casa do ex-diretor do Banco do Brasil para cumprir o mandado e não o encontraram. Depois, foi divulgada uma carta em que Pizzolato avisara que fugiu para Itália, onde buscaria um julgamento justo.

Inicialmente, a informação era de que Pizzolato teria ido de carro até a fronteira com o Paraguai, em uma viagem que teria durado 20 horas. Ele teria atravessado a pé a fronteira, onde um carro o aguardava para levá-lo a Buenos Aires. Da capital argentina, ele pegou um avião rumo à Itália.