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Lupi nega afastamento de ministério e quer investigação

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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, negou nesta terça-feira que pretende se afastar do cargo enquanto correm as investigações sobre um suposto esquema de corrupção na pasta. Lupi também afastou a ideia de pedir demissão à presidente Dilma Rousseff e engrossar o grupo de seis ministros que caíram após denúncias na imprensa.

"Não existe nenhuma possibilidade de eu me afastar do ministério, não tenho esse comportamento. Para me derrubar, só abatido a bala, e bala pesada, porque sou pesadão. A instituição está sendo acusada, que é muito mais grave. Fica a imagem que somos mais um partido envolvido em corrupção", disse Lupi, após reunião com parlamentares do PDT, partido ao qual pertence.

>> “Por enquanto” não há indícios para investigar ministro do Trabalho, diz PGR 

O deputado Reguffe (PDT-DF) defendeu hoje o afastamento de Lupi das funções de ministro para que as denúncias sejam investigadas. Lupi disse, no entanto, que isso não significa falta de apoio do partido. "São ideias diferentes, apenas", afirmou. Além dele, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) e o senador Pedro Taques (PDT-MT) entraram com uma representação para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure o teor da reportagem. Nesta terça-feira, Lupi designou três servidores do ministério para concluir a apuração em 30 dias. Ontem, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República já havia pedido informações ao ministro.

Assim que as denúncias foram divulgadas, Lupi afastou preventivamente o assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, acusado de ser o operador do suposto esquema de cobrança de propina das ONGs que tinham contrato com a pasta.

Entenda o caso

De acordo com reportagem da revista Veja, o esquema seria comandado por dirigentes do PDT, supostamente liderados pelo ministro Carlos Lupi. À reportagem da revista, representantes das ONGs disseram que as organizações contratadas pelo ministério tinham o repasse de recursos bloqueados após enfrentar problemas com a fiscalização da pasta. Assessores do ministro então procuravam os dirigentes das entidades para resolver o problema, e cobravam propinas que variavam entre 5% e 15%.