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Câncer de Lula tem agressividade "média", segundo médicos

Cirurgia não está completamente descartada

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A equipe médica que cuida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou na manhã desta segunda-feira que o câncer identificado na sua laringe tem um nível de agressividade considerado médio, a velocidade de seu crescimento é intermediária e seu tipo é o mais comum. A definição foi possível após o resultado da biopsia realizada no sábado.

De acordo com os médicos, o câncer está localizado, sem sinais de que tenha se expandido para além da laringe, e os linfonodos localizados no pescoço não estão comprometidos, o que confirma que as células malignas não avançaram para outras partes do corpo.

Contudo, os médicos frisaram que não está descartada uma posterior cirurgia, caso o tratamento com quimioterapia e radioterapia não apresente o resultado esperado. Mas esta cirurgia será feita preservando as cordas vocais de Lula.

De acordo com os médicos, após os dois primeiros ciclos de quimioterapia já será possível detectar se o tratamento está ou não apresentando bom resultado. Isso se dará dentro de cerca de 40 dias.

A radioterapia terá início três a quatro semanas após o último ciclo da quimioterapia,  entre 10 e 12 de janeiro de 2012. Este tratamento terá duração de sete semanas.

Segundo os médicos, Lula terá um cateter implantado sob a pele, por onde será administrada a quimioterapia. A equipe ainda lembrou que, após o tratamento, a fase mais crítica será os dois primeiros anos, quando o risco de reincidência é mais perigoso. Até cinco anos após o tratamento ainda há risco de o câncer voltar. Após isso, o paciente é considerado curado.

Participaram da entrevista os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil Filho e Luiz Paulo Kowalski.

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