ASSINE
search button

Três grupos assumem ataques a sites de prefeituras

Compartilhar

Aproximadamente 500 sites de prefeituras saíram do ar nesta sexta-feira por conta de ataques de hackers. A autoria desses ataques, no entanto, é totalmente incerta. Pelo menos três grupos assumem a autoria desses ataques. O LulzSec e o Anonymous já tinham assumido ataques nos últimos dias, mas a novidade é o grupo brasileiro Fatal Error Crew.

Pelo Twitter, o grupo assumiu os ataques desta sexta-feira e se diz diferente dos grupos internacionais, que já atacaram a Sony, Visa e outras multinacionais. O Fatal Error Crew afirma ter uma ideologia e a maioria dos seus posts no Twitter manifesta protestos contra a corrupção. Eles não se dizem criminosos: "Aqui ninguém é criminoso, criminoso é quem usa terno e gravata", diz um post, provavelmente se referindo a políticos.

>> Hackers no exterior criticam atos no Brasil e identificam invasor

>> Ministério nega vazamento de dados após invasão de site

>> PF vai investigar ataques de hackers a sites do governo

>> Site da Globo.com era próximo alvo do grupo

>> IBGE diz que hackers não chegaram ao banco de dados do site do instituto

Não é a primeira vez que esse grupo assume autoria de ataques a sites do governo. Em 1 de janeiro desse ano, dia da posse da presidente Dilma Roussef, o Fatal Error Crew assumiu em sua conta no Twitter que derrubou o site da presidência da República(brasil.gov.br).

Ao contrário dos outros grupos, eles vêm expondo dados dos governos. No dia 18, a vítima foi o Exército brasileiro. Nesta sexta-feira, alguns dados de prefeituras do Espírito Santo e do Mato Grosso do Sul estavam postados com links na conta do Fatal Error Crew no Twitter. A intenção do grupo seria mostrar fraudes em licitações.

A maioria dos dados postados no Twitter não fornecem provas de corrupção, mas mostram relatório de reuniões e instruções relativas a licitações que podem abrir caminho para algumas investigações.

Entenda o caso

Na quarta-feira (22), sites do governo brasileiro saíram do ar por causa de ataques assumidos pelo LulzSecBrazil, o braço brasileiro de um grupo internacional da hackers. Foram alvo os sites da Presidência da República, do governo federal, da Previdência, da Petrobras e da Receita Federal. Na quinta-feira (23), as páginas da Presidência da República, do Senado e do Ministério dos Esportes sofreram com a ação dos hackers. Eles utilizam o chamado DDoS (sigla em inglês para distributed denial-of-service, ataque distribuído de negação de serviço), que usa robôs (máquinas) em várias partes do mundo para sobrecarregar um sistema. O objetivo dessas ações não é invadir o sistema, mas sim tirar o site do ar.