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O futebol nos envergonha em todos os níveis

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A volta precipitada da Suíça do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, mais parecia a reação daqueles roedores que pulam quando um navio afunda. A certeza da impunidade permitiu que outros brasileiros ficassem para ratificar o cheque sem fundo que Blatter novamente queria emitir. O JB chegou a destacar, quando Blatter afirmou que a corrupção era feita por uma minoria, que ele então se sentia minoria.

>> Ao dizer que corrupção é feita por "minoria", Blatter se sente minoria

A Polícia Federal agora incrimina o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público.  O que se estranha é que a ação dá a entender que Ricardo Teixeira agia sozinho.

O silêncio dos dirigentes do futebol brasileiro foi e está sendo, no mínimo, vergonhosa. Para tristeza da monarquia do futebol, o Rei do futebol brasileiro ofendeu a inteligência dos que acompanhavam o escândalo do futebol, afirmando ter sido importante a reeleição de Blatter.

O Brasil, que sempre causou pânico às seleções de todo o mundo em campo, hoje se envergonha do que aconteceu na Copa de 2014, como também se envergonha de seus dirigentes. Todos os dirigentes, pois a omissão é de todos os dirigentes do futebol brasileiros - tantos dos cartolas nacionais e estaduais quanto dos próprios clubes. 

Não se pode pedir uma greve contra o futebol, seria pedir uma greve de fome, pois o futebol é um dos poucos pratos de felicidade do povo. O que se pode pedir, talvez em nome do povo brasileiro, é que as autoridades brasileiras, o segmento policial, defenda o povo fazendo a apuração que sabe fazer e afastando todos os dirigentes envolvidos em qualquer tipo de ilícito penal.