A revitalização do Canal do Fundão e de seu entorno, uma das mais importantes obras ambientais do estado, vai mudar a paisagem da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, na Zona Norte do Rio. Com a liberação da passagem das marés e a recuperação dos manguezais, o canal também voltará a ter peixes e caranguejos.
O programa da Secretaria do Ambiente vai recuperar 180 mil metros quadrados de manguezais e plantar mais de 140 mil metros quadrados da vegetação. O órgão investe R$ 292 milhões nas melhorias, que começaram a ser realizadas em maio de 2009, em parceria com a Petrobras e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O projeto inclui a dragagem de mais de cinco milhões de metros cúbicos de sedimentos ao longo do Canal do Fundão, reurbanização da Vila Residencial da UFRJ, o reforço dos pilares de sustentação da Linha Vermelha e pontes Oswaldo Cruz e Brigadeiro Trompovski.
– Estamos reurbanizando toda a área. A segunda fase do projeto, com o desassoreamento da área sul do canal, onde ficam os estaleiros navais do Caju, deve terminar depois. A ideia é tirar resíduos do fundo do canal, para permitir a circulação de grandes embarcações – afirmou o subsecretário do Ambiente, Antônio da Hora.
E a primeira ponte suspensa por cabos do estado – que está sendo construída em frente ao Canal do Cunha – também será inaugurada até o fim do ano. A construção, que ligará diretamente o sul da Ilha do Fundão à Linha Vermelha, sentido centro do Rio, faz parte da segunda fase do projeto de revitalização do canal. A obra vai melhorar a mobilidade de toda a comunidade de estudantes e trabalhadores da Cidade Universitária.
O pilar central da ponte estaiada já chama a atenção de quem passa pela Linha Vermelha. A estrutura de concreto chegará a 100 metros de altura, suficiente para sustentar um vão livre de 180 metros de extensão e não obstruir o Canal do Fundão.