ASSINE
search button

Apesar de mandante da morte de juíza ser de alta patente, Beltrame diz que comandante-geral goza de sua confiança

Compartilhar

Depois da notícia de que o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira (ex-comandante do batalhão de São Gonçalo) foi o mandante da morte da juíza Patrícia Acioli, ocorrida no dia 11 de agosto, o secretário de Segurança Pública do Rio José Mariano Beltrame afirmou que, apesar da grave acusação envolvendo as fileiras da PM, ele ainda considera o comandante geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte, um dos seus homens de confiança.

>> Delegado: Patrícia Acioli mandaria prender tenente-coronel

>> Acusado de ser o mandante da morte da Juíza Patrícia Acioli, ex-comandante do 7º BPM (SG) vai para Bangu 8 

>> Pensão para filhos de Patrícia Acioli foi concedida em tempo recorde

>> Imagens mostram perseguição que antecedeu morte de Patrícia Acioli

Beltrame foi bombardeado de perguntas durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (27), na sede do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio. Isso porque há cerca de um mês o tenente-coronel acusado de mandar matar Patrícia Acioli recebeu o posto de comandante do 22º BPM (Maré), quando as investigações da morte da juíza já estavam acontecendo.

"Ele ganhou o posto de comandante do Batalhão da Maré devido a um rodízio que acontece de tempos em tempos. Há uma troca periódica dos comandantes de batalhão. Nesta época, ainda não havia um conjunto de provas que levassem ao tenente-coronel. Não posso dizer nem que haviam indícios do crime cometido por ele". 

Questionado se o comandante-geral da PM ainda gozava de sua confiança, Beltrame foi enfático: "Sim, não há nada contra o Mário Sérgio. Muito pelo contrário. Ele não vai perder a minha confiança porque não cometeu crime algum", disse.

Muito questionado também se o corregedor geral da Polícia Militar, coronel Ronaldo Menezes, tinha conhecimento das acusações de execuções e corrupção investigadas por Patrícia Acioli, Beltrame negou ter conhecimento sobre o assunto: "Não sei se o corregedor sabia das denúncias contra o tenente-coronel Claudio Luiz. O que eu sei é que eu não tinha conhecimento", finalizou.