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Sequestradores de ônibus usavam gravata e pareciam executivos

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Pelo menos dois dos criminosos que fizeram cerca de 20 reféns e feriram cinco pessoas em um ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no início da noite desta terça-feira, vestiam camisa social e gravata, de acordo com Jefferson Gonçalves Garcia, que testemunhou a ação. "Pareciam executivos", disse o estudante da Universidade Estácio de Sá, onde o coletivo foi parado. Um outro suspeito vestia camiseta e calça jeans.

Segundo Jefferson, o ônibus foi interceptado em frente à universidade, e os criminosos, fortemente armados, gritavam que não tinham "nada a perder". 

"Ouvi muitos tiros, todo mundo gritando." Ele diz que, assim que foi parado, o motorista ligou o sinal de pisca-alerta e desceu. Dois policiais que faziam a guarda no local foram verificar, e os criminosos responderam ameaçando passageiros. Um deles teria obrigado um refém a dirigir o ônibus, e então a perseguição e o tiroteio tiveram início. 

Jefferson contou ainda que, por medida de segurança, alunos foram recomendados a ficar dentro da universidade, que fechou as portas.

Uma mulher identificada como Eliza Monica Pereira, 46 anos, levou um tiro no tórax, passou por cirurgia no hospital Souza Aguiar e está em estado grave. Alcir Pereira, 56 anos, com um tiro no pescoço, e Fabiana Gomes da Silva, 35 anos, com uma bala na região glútea, também estão internados no hospital. Já Josuel dos Santos Messias, 46 anos, levou um tiro de raspão na perna. Um policial militar também foi atingido e está no Hospital Central da PM.

O sequestro terminou após cerca de uma hora de negociações com a polícia. Dois suspeitos foram presos e três armas, apreendidas. Um terceiro suspeito foi localizado esta madrugada em um hospital de Copacabana.