Concebidas como solução para as longas filas dos hospitais públicos, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) vivem hoje uma situação muito semelhante àquela que tentavam evitar. Em algumas unidades, o tempo médio que os pacientes aguardam para serem atendidos chegam a cinco horas.
Outro problema é que o número de pessoas atendidas vem diminuindo em algumas unidades. Em Belford Roxo (Baixada Fluminense), por exemplo, a média de atendimentos diários caiu de 297 em 2008 para 76 em 2010, uma redução de 74%, dados da Secretaria Estadual de Saúde.
– As UPAs são um dos maiores factóides políticos dos últimos tempos, uma máquina de ganhar votos – avalia a deputada estadual Janira da Rocha (PSOL), que faz parte da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). – A UPA não é mais uma porta de entrada para um sistema, é uma barreira entre o paciente e os hospitais.