A delegada Juliana Rattes, que investiga a morte do empresário Fabio Gabriel Rodrigues, 33 anos, cujo corpo foi encontrado em um motel em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, afirmou nesta quarta-feira que um laudo pericial feito no local do crime e utilizando fotos do corpo não indicou sinais externos de estrangulamento na vítima.
Suspeita do crime, Verônica Verone de Paiva, 18 anos, que seria amante de Fabio, está presa. Ela confessou ter enforcado o empresário ao reagir a uma suposta tentativa de abuso. A polícia investiga se ele usou drogas antes de ser assassinado, apesar de só terem sido encontradas bebidas no quarto.
"Mesmo que tenha sido overdose, a Verônica pode estar envolvida", disse a delegada. Segundo ela, perguntas como o motivo pelo qual Verônica não ajudou a socorrer o empresário permanecem sem resposta.
Ainda segundo a delegada, o laudo local revelou pontos que abrem a linha investigatória, que ainda não podem ser divulgados. O resultado do exame cadavérico, a análise interna do corpo, ficará pronto até o final da semana, informou Juliana. Já o laudo toxicológico não tem previsão para sair porque as análises químicas do corpo levam mais tempo.
Nesta quarta-feira, a polícia ouviu a mãe de Verônica, Elizabeth Verone. Conforme a delegada Juliana, houve contradições entre o depoimento das duas. Um dos pontos já esclarecidos, segundo ela, é a informação, fornecida pela suspeita, de que Fabio teria morado um mês com a jovem. Elizabeth negou e afirmou que o empresário dormiu algumas vezes na residência, mas não chegou a se mudar para lá.
Verônica disse à polícia ter sofrido tentativa de abuso sexual por parte do pai durante a infância - o homem morreu em janeiro de 2010. A suspeita afirmou que se lembrou do suposto abuso ao ser tocada por Fabio no motel e isso teria motivado o ataque. De acordo com o delegado Rodolfo Thompson, que defende a jovem, ela não teve a intenção de ferir gravemente o empresário e que sofre de "síndrome do pânico em alto grau".