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Avião que caiu na Barra da Tijuca seguia para Santa Catarina

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Jaime Gonçalves Filho e Marcello Victor, JB Online

RIO - O avião monomotor Cirrus SR22, que caiu na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no início da tarde deste domingo, matando o piloto e três passageiros, seguia para Santa Catarina, de acordo com informações do Aeroporto de Jacarepaguá.

O avião decolou do aeroporto por volta do meio-dia e caiu minutos depois. De acordo com Corpo de Bombeiros, a aeronave explodiu e os corpos das vítimas foram carbonizados.

Testemunhas informaram que ouviram o motor do avião falhar e segundos depois ele perdeu altura e caiu em um terreno entre o condomínio de classe média alta Mandala e uma concessionária da Citröen, na Avenida das Américas. Moradores do condomínio dizem ainda que a aeronave quase caiu sobre a piscina do condomínio, que estava cheia e com muitas crianças no momento do acidente, mas o piloto conseguiu fazer uma manobra para tentar pousar no terreno vizinho.

A aeronave chegou a tocar em parte da construção da concessionária. Um único segurança estava no prédio atingido, mas não foi ferido.

De acordo com informações da Globonews, o avião pertencia ao empresário da construção civil de Santa Catarina, Joci Martins. O piloto da aeronave foi identificado como Frederico Carlos Xavier de Tolla, comandante aposentado da Varig. As duas outras vítimas ainda não foram identificadas.

Em 30 anos de profissão, Tolla trabalhou também como piloto da antiga Vasp. Em entrevista a um jornal catarinense, em julho de 2007, o piloto afirmou que confiava na segurança do transporte aéreo e que em toda sua carreira ocorreram apenas dois incidentes que não deixaram feridos.

A Avenida das Américas é uma da vias mais movimentadas da Barra da Tijuca. Apesar disso, o trânsito não chegou a ser interrompido no local, já que o avião não caiu sobre a pista. Os Bombeiros do Grupo de Busca e Salvamento (GBS) permanecem no local, junto com peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) da Polícia Civil e militares da Aeronáutica.

Este é o segundo acidente aéreo no Rio de Janeiro em cinco dias. Na tarde da última terça-feira, quatro pessoas morreram e 15 foram resgatadas com vida das águas da Bacia de Campos, no Norte Fluminense, após o pouso forçado de um helicóptero Super Puma L2, da empresa BHS. José Carlos Bezerra do Nascimento, 47 anos, e Alessandro Moraes Tavares, 28 anos, funcionários da De Nadai Serviços de Alimentação, permanecem internados.

A aeronave havia decolado minutos antes da plataforma P-18 da Petrobrás com três tripulantes e 17 funcionários da empresa, em direção a Macaé. O acidente ocorreu à cerca de 120 quilômetros da orla. O piloto Paulo Roberto Veloso Calmon, 63 anos, continua desaparecido. A empresa informou que as buscas continuam.