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Árvore de Natal da Lagoa deste ano será ecologicamente correta

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Bruno Pontes, Agência JB

RIO - Entra ano, sai ano e o carioca já se acostumou a uma exuberante paisagem que enfeita o centro da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul da cidade, a cada fim de ano. É a Árvore de Natal da Bradesco Seguros e Previdência que já virou tradição nas festas de fim de ano do Rio, atraindo pessoas de várias partes do país e turistas que visitam a terceira maior atração da cidade, atrás somente do Carnaval e do Réveillon.

Segundo a assessoria que cuida da divulgação do badalado ponto turístico carioca, o investimento anual para a montagem da árvore é de cerca de R$ 2,5 milhões, obtidos em uma parceria entre a Bradesco e a Prefeitura do Rio.

Por trás da história da árvore está o empresário Roberto Medina, que em meio a uma antiga visão de imaginar uma árvore no meio da Lagoa, viu a chance de transformar o sonho em realidade, quando em 1996, a Bradesco pediu a Medina, que sua empresa criasse uma campanha para elevar a auto-estima do carioca.

A partir daí, o empresário viu a chance que faltava para elaborar um projeto que existia apenas em sua cabeça. Em um encontro com os diretores da empresa, Medina fez um esboço de seu ambicioso projeto em um guardanapo e ao final da reunião eram definidos os planos para que junto com o cenógrafo Abel Gomes, o novo ponto turístico do Rio de Janeiro saísse do papel.

Enquanto a teoria fica nas mãos da dupla de empreendedores, a produção e a tecnologia ficam por conta do engenheiro Nelson Druker, responsável por transformar o sonho em uma realidade de mais de 70 metros de altura, trabalho que ele mesmo define como gratificante.

- Não tem como descrever o quanto é compensador fazer parte de um projeto que dá uma nova cara ao Rio todos os anos orgulha-se o engenheiro, que faz parte da parceria desde o primeiro ano da árvore, em 1996.

Em relação às decorações da árvore, que mudam e melhoram a cada ano, Druker explica que não são utilizadas tecnologias de última geração e sim inteligência na hora de saber o que realmente agradará aos olhos do carioca.

- Não é preciso tecnologia de ponta e sim boa iluminação e criatividade. Gostamos de criar para impressionar conta Nelson Druker, que aponta como destaque da árvore deste ano, um acréscimo de três metros na altura do exótico monumento, em relação ao ano anterior.

Os primeiros trabalhos para a montagem da árvore deste ano começaram no início de outubro, na Coordenação Adjunta de Operações Aéreas (CAOA), onde já foram posicionados as bases de sustentação da árvore através de flutuadores e os sete geradores que vão produzir energia para a iluminação.

Com potência total de 2.515 KVAs, os geradores, que têm energia equivalente à consumida por 300 casas de dois quartos, produzirão luz para a alimentação básica da árvore, para os canhões de luz e para as bombas do balé das águas, atração que segundo os organizadores, faz bastante sucesso aos olhos dos espectadores.

Dentre as novidades da árvore que segue para a sua 11ª edição, e que têm inauguração prevista para o dia 1º de dezembro, estão no tamanho da árvore e no tipo de material que será usado na montagem da árvore. O monumento terá 85 metros de altura (o equivalente a um prédio de 28 andares), quase o dobro do tamanho da árvore em seu primeiro ano.

Para a montagem, foram selecionados materiais que colaboram para a preservação do meio ambiente. Os sete geradores utilizarão a mistura mais moderna de biodiesel: o B5, que contribui para a redução das emissões de gás carbônico (CO2) na atmosfera.

Em relação ao tema deste ano, a organização do evento adiante que baseada nos vitrais das catedrais brasileiras, com iluminações de efeito.

O evento que no ano passado contou com mais de 3 milhões de visitantes ao término dos 30 dias de exposição, ainda contará com a presença da Orquestra Sinfônica Brasileira sob a regência do maestro Marcos Arakaki, com participação especial de Ivan Lins e do Coral da Fundação Seguros.