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PM em alerta para rastrear represálias contra morte de Caveirinha

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Portal Terra

RIO - O serviço de inteligência da Polícia Militar do Rio de Janeiro está mobilizado, neste sábado, para rastrear qualquer plano de represália do Comando Vermelho pela morte do traficante Robson Roque da Cunha, o Robson Caveirinha, 40 anos, apontado como um dos líderes da facção criminosa.

O corpo do bandido foi enterrado na tarde deste sábado, no Cemitério de Irajá. Antônio Marcos Lopes Domingos, 31 anos, também foi sepultado no local. Os dois morreram na noite de sexta-feira durante confronto com policiais militares do 16º Batalhão da PM (Olaria), em Vigário Geral, zona norte do Rio.

A morte de Caveirinha provocou o fechamento do comércio em parte dos bairros de Ipanema e Copacabana, na zona sul, na noite de sexta-feira. A ordem teria partido de criminosos do Morro Pavão-Pavãozinho, onde Robson Caveirinha controlava os pontos de venda de drogas. Moradores da comunidade afirmam que estão com medo de quadrilhas rivais iniciarem uma disputa pelo controle do tráfico no local.

O comandante do 19º Batalhão (Copacabana), Romão Vilaça, disse que o policiamento no bairro é suficiente para garantir a paz, mas não descartou a possibilidade de acionar o Batalhão de Choque caso haja necessidade.

Segundo a polícia, Robson Caveirinha teria participado, em 1990, do seqüestro do empresário Roberto Medina, que passou 17 dias em cativeiro. Ele também era apontado como mentor do roubo de 31 armas adaptadas para tiros de festim e 70 réplicas utilizadas na gravação do filme "Bope - Tropa de Elite", em 2 de novembro do ano passado, no Morro do Chapéu Mangueira, no Leme, na zona sul.

Caveirinha estava foragido desde o dia 24 de janeiro, quando saiu do presídio Edgard Costa, em Niterói, na região metropolitana, para visitar a família e não voltou mais.