Reuters
JENIN (Cisjordânia) - Tropas israelenses mataram nesta segunda-feira um homem e uma mulher palestinos durante conflitos na Cisjordânia, levantando dúvidas sobre a durabilidade da frágil trégua na Faixa de Gaza.
O grupo militante Comitês de Resistência Popular disse que o palestino morto era membro da organização. A facção é um dos responsáveis pelos disparos de foguetes a partir da Faixa de Gaza depois do início da trégua com Israel.
- O crime de assassinato de Abdel-Razek Baker não vai passar sem punição, disse o grupo em comunicado, em referência ao militante de 22 anos.
O grupo disse ainda que vai debater com outras facções se continuará honrando a trégua em Gaza.
O cessar-fogo foi citado pelo primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, como um possível passo para reativar as negociações de paz, que fracassaram antes do início do atual levante palestino, em 2000.
- Espero que avancemos nos próximos dias para ter um acordo similar na Cisjordânia', afirmou Saeb Erekat, um dos principais assessores do presidente palestino, Mahmoud Abbas, à Rádio Militar de Israel.
O cessar-fogo foi decretado três dias antes da data prevista para a chegada do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, à região para um encontro com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, na Jordânia.
Questionado na entrevista se Abbas, moderado que Washington quer incentivar, também irá se encontrar com Bush em Amã, Erekat disse: - É possível, é isso que posso dizer. Acho que ele irá para Amã, mas vamos ver a programação para os próximos dias.
Olmert e Abbas prometeram marcar um encontro, mas nenhuma data foi definida.
Em detalhes sobre o conflito na Cisjordânia, o Exército disse que os soldados estavam patrulhando uma aldeia perto da cidade de Jenin quando militantes abriram fogo.
Um porta-voz do Exército disse que eles dispararam contra uma 'figura suspeita' que se aproximava e contra uma pessoa não-identificada que pegou a arma do homem que estava caído no chão.
Autoridades médicas palestinas disseram que os soldados mataram um militante em tiroteio e uma mulher de 50 anos que correu para ajudá-lo