Concer responde ao JB sobre inoperância no desastre na subida da serra de Petrópolis
A assessoria de imprensa da Concer, Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio”, enviou nessa terça-feira (13) à noite, a seguinte nota de explicações para as críticas apontadas à inoperância da concessionária e da Polícia Rodoviária Federal no feriado de Corpus Christi, quando um acidente com uma carreta de combustível, que custou a vida do motorista, na pista de subida da antiga serra, paralisou o tráfego por mais de seis horas. A notícia foi publicada na coluna Coisas da Política, no último domingo (11). Leia a nota da Concer:
“Prezado Menezes Côrtes, boa noite.
Em atenção à coluna “Coisas da Política”, de 11 de junho, a Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio esclarece o seguinte:
Tão logo foi registrado o acidente com o tombamento seguido de explosão da carreta bitrem que transportava combustível na subida da Serra de Petrópolis, quinta, dia 8, a Concer acionou o plano de contingência vigente há mais de 25 anos para ocorrências que geram grande impacto ao fluxo de tráfego da rodovia.
Primeiramente, acionamos nossos recursos operacionais de atendimento médico e mecânico, interditamos o pedágio, interrompendo o fluxo no trecho sob interdição e comunicamos a ocorrência aos órgãos competentes. Em paralelo, também informamos à imprensa e aos usuários, por boletins, reforçando a comunicação pelas redes sociais, Central de Atendimento 0800, Unidade de Resposta Audível e site. Na rodovia, um painel localizado antes do entroncamento com a Rio-Magé (de acesso por Teresópolis) e à RJ-107 (Serra velha de Petrópolis) informou desde cedo a interdição do trecho. Na praça de pedágio sob interdição no sentido JF, há um retorno aberto para quem decide reprogramar o deslocamento pela rodovia. Apesar do impacto da ocorrência, o máximo de retenção registrada no pedágio de Duque de Caxias foi de 3 quilômetros, logo reduzida por conta da divulgação da interdição com ajuda da imprensa e redes sociais.
Como parte do procedimento, são ainda acionados os órgãos ambientais e equipes de Gestão Ambiental, de Conservação e Engenharia da Concer para as providências de contenção, redução e avaliação de danos da rodovia, além da limpeza da pista com empresa especializada em emergências ambientais.
A recomendação da Concer nessas ocasiões é que o usuário reprograme sua viagem. Uma vez comunicadas, empresas de ônibus com linhas destinadas à Região Serrana e Minas Gerais fizeram exatamente isso, optando pela Serra de Teresópolis, por exemplo.
A atuação da Concer é pautada pela segurança do usuário, em primeiro lugar. Em circunstâncias como de quinta passada, o senso comum cobra por alternativas aparentemente simples para restabelecer o fluxo de veículos pela rodovia. A opinião de que, por mera inoperância, não se adota o regime de mão dupla na descida da serra é uma dessas crenças que colide com a realidade objetiva das características daquele trecho da rodovia. Nem a Polícia Rodoviária Federal nem a Concer considera a alternativa de mão dupla plenamente segura, especialmente na descida da serra. São 20 quilômetros de pista em declive, atravessando trechos urbanizados com acessos a diversas comunidades. Mesmo a opção de um regime de siga-e-pare na descida foi descartado diante da expectativa de aumento de fluxo de tráfego no Corpus Christi.
Por fim, a Concer acrescenta ser credora da União em cerca de R$ 2 bilhões, conforme atestam duas perícias judiciais constituídas pela Justiça Federal, por obras realizadas na Nova Subida da Serra e não compensadas financeiramente pela União (conforme previsto em contrato) e por outros desequilíbrios contratuais, razão que motivou decisões liminares favoráveis à prorrogação da concessão. A concessionária está pronta para retomar e concluir as obras em menos tempo do que previsto no edital de relicitação da rodovia, em solução capaz de atender ao interesse público e ao direito da empresa em ter seus direitos restabelecidos.
Atenciosamente,
Flavio Menna Barreto – Imprensa Concer
Nota do colunista
Caro Flávio, obrigado pelas explicações, que são devidas à sociedade e aos usuários. Não a mim ou ao JB.
A nota não esclarece por que, decorridos 25 anos do "Plano de Contingência", não há um grande painel horizontal na altura da Refinaria da Reduc (antes portanto do entroncamento com a Rio-Teresópolis-Além Paraíba) para informar sobre as constantes interdições na subida da serra, bem como a previsão do tempo para a liberação do tráfego (demorou seis horas, em meia pista, para motoristas de carretas), para o usuário avaliar as alternativas.
Se houvesse esse painel eletrônico permanente e visível, muita gente não teria ficado retida na arapuca de Xerém.
O tal painel, posto antes da Rio-Teresópolis, além de pouco visível, diante da quantidade de caminhões parados às margens, já não impedia as pessoas de irem até Xerém, pois, passado o entroncamento, só resta uma agulha para saída lateral.
Dizer que não seria possível fazer mão dupla na pista de descida da serra é preguiça ou primarismo.
Bastava restringir o tráfego a automóveis, motos, ônibus e caminhões com mercadorias perecíveis. Haveria o desafogo imediato da maior parte do público.
Neste caso, a orientação devida da Concer e da Polícia Rodoviária Federal, ambas deficientes, se encarregaria de ajudar os usuários com as alternativas.
Att, Gilberto Menezes Côrtes