A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou em discussão única a concessão do Prêmio Marielle Franco a 47 organizações e personalidades que desenvolvem ações de promoção, valorização e defesa dos direitos humanos no Estado do Rio. A criação do prêmio foi aprovada no plenário da Casa em fevereiro deste ano.
Os projetos têm autoria das deputadas Renata Souza (PSol), Enfermeira Rejane (PCdoB) e Mônica Francisco (PSol). Entre os homenageados, estão a mãe de Marielle, Marinete da Silva, e a viúva, a vereadora Mônica Benício. O prêmio também será entregue aos coletivos de comunicação independente Mídia Ninja e Papo Reto, à Organização Observatório de Favelas, ao Instituto Fogo Cruzado e entidades atuantes no Complexo da Maré. A concessão do prêmio acontece no mês em que se completam cinco anos da morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
"O Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos é um importante avanço na consolidação de direitos e no reconhecimento das entidades, organizações e pessoas fundamentais na luta intransigente pela vida. A premiação dessas organizações e pessoas é mais do que um momento de celebração. Trata-se de uma reafirmação do compromisso da Alerj na defesa dos Direitos Humanos”, comentou a deputada Renata Souza (PSol), que assina 36 das propostas aprovadas.
Memória
Na noite do dia 14 de março de 2017, no bairro do Estácio, na região central da capital, o carro em que a vereadora estava foi atingido por nove dos 13 tiros disparados. Marielle e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, morreram vítimas desses disparos. Apesar de alguns avanços na investigação sobre o crime, as autoridades ainda não descobriram os autores e nem o motivo. A morte de Marielle Franco repercutiu no mundo, com manifestações da população por vários dias nas ruas e muitas notícias divulgadas sobre o assassinato da vereadora no exercício de seu mandato.
Eleita vereadora com mais de 46 mil votos em 2016, socióloga e mestre em Administração Pública, Marielle Franco tinha 38 anos, era oriunda da favela da Maré, na Zona Norte, e ativista em prol das causas das mulheres e das populações negra, periférica e LBGT. Antes do cargo político, atuou na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj.
OS HOMENAGEADOS
INSTITUTO AZ MINAS
MAPA DAS MINAS
MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO
FLÁVIA OLIVEIRA
COALIZÃO NEGRA POR DIREITOS
ONG CRIOLA
MÍDIA NINJA
ONG GELEDÉS
FUNDAÇÃO HEINRICH BÖLL
FUNDAÇÃO ROSA LUXEMBURGO
ONG JUSTIÇA GLOBAL
CASA PRETA DA MARÉ
MARINETE DA SILVA
MÔNICA BENÍCIO
JAQUELINE MUNIZ
ANA PAULA MIRANDA
ORGANIZAÇÃO NIYARA ESPAÇO DE ACOLHIMENTO
COLETIVO ABSORVENDO AMOR
ONG ANISTIA INTERNACIONAL
BLOCO SE BENZE QUE DÁ
OUVIDORIA EXTERNA DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO PRO MUNDO
COLETIVO TRANSMARÉ
COLETIVA RESISTÊNCIA LÉSBICA
HERDEIRAS DE CANDACES
NÚCLEO PIRATININGA DE COMUNICAÇÃO
PROFESSOR AUGUSTO SAMPAIO
INSTITUTO FOGO CRUZADO
PROJETO CAROLINAS
COLETIVO PAPO RETO
SUELI CARNEIRO
LUCIA XAVIER
ONG REDES DA MARÉ
ORGANIZAÇÃO OBSERVATÓRIO DE FAVELAS
JORNALISTA RAFAEL SOARES
ONG REDE NAMI
LUCIENE DA SILVA MOURÃO
JOVANNA CARDOSO DA SILVA
JUREMA PINTO WERNECK
FRANCIDÉLIA LIMA GOMES
LUCIANA BOITEUX
ADRIANA FACINA GURGEL DO AMARAL
DARCÍLIA ALVES
ÁUREA CAROLINA DE FREITAS E SILVA
DÉBORA AMBRÓSIA
ANA BEATRIZ BERNARDES NUNES
RENATA MARTINS DE FREITAS