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Crítica: 'Os Smurfs' 

Animação azulada e garantida

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A primeira coisa que precisa ser lida por aqueles que pretendem embarcar nesta aventura é não esperar nada de extraordinário. Quem seguir essa dica, provavelmente, sairá do cinema com a clara sensação de que se divertiu com o filme, mesmo sendo alguém que nunca morreu de amores pelos seres azuis criados pelo belga Peyo no final dos anos 50. 

Uma das razões para isso acontecer é que o diretor Raja Gosnell (Vovózona), embora não tenha um extenso currículo na função, tem larga experiência como editor de filmes família, como o clássico Esqueceram de Mim (1990), além de ter pilotado de maneira correta longas que mesclam atores reais e criados em computação gráfica, como fez com Scooby-Doo (2002).

Dito isso, fica claro que Os Smurfs esteve em boas mãos e se beneficiou ainda de um roteiro coeso, com todas aquelas licenças criativas e lições de moral já esperadas em filmes do gênero, mas que não soaram rançosas. Outro ponto importante foi a boa transição dos seres da floresta para a metrópole, algo que chegou a preocupar muita gente no começo, mas que se mostrou muito bem resolvido. 

Explorando  as características de cada personagem (as mesmas que  dão nome a eles), vai ser fácil se divertir com o Desastrado, Papai Smurf e, claro, a delicada e única Smurfete e outros da turma. 

O  texto é  leve, tem citações para adultos e brincadeiras para as crianças, e chega a tirar sarro com os próprios smurfs quando faz chacota com irritante musiquinha (lá lá lá lá lá lááá!) , entre outras coisas. Só vendo para crer e – acredite – cantarolar. 

Na trilha sonora, espaço para Walk This Way (Aerosmith) num momento dispensável (flerte brabo com Alvin e os Esquilos) e uma antológica Back in Black do AC/DC junto a outras menos memoráveis. E em meio a outros detalhes legais dessa gostosa aventura, quem rouba a cena e até arranca gargalhadas é o vilão Gargamel , muito bem interpretado pelo ator Hank Azaria e seu gato Cruel, felino virtual que não faz por menos.  

O 3D, para quem tiver interesse, também ficou bacaninha e a conclusão que se chega, sem medo de errar, é que o resultado geral  (com duplo sentido) é “smurf” animador.