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Crítica: 'Capitão América: O primeiro Vingador'

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A melhor coisa que pode acontecer para quem gosta de cinema, mas nunca foi muito chegado nessa coisa de histórias em quadrinhos, é se deparar com um filme que adapta as páginas coloridas para as telas de maneira que você não fique boiando no meio da sala escura. Capitão América: O primeiro Vingador é assim.

Depois de uma sequência inicial que remete ao aos clássicos Alien, o oitavo passageiro (1979)  e O enigma do outro mundo (1982), o roteiro conta de maneira bem legal a história de Steve Rogers. Se você não tem a mínima ideia de quem é esse cidadão, ele era um jovem franzino que queria lutar por seu país na Segunda Guerra Mundial, mas o corpitcho esquálido não ajudava. Descoberto por um cientista alemão a serviço dos Estados Unidos, o jovem topou participar de um experimento, ganhou massa muscular, poderes, e acabou virando o implacável Capitão América e seu famoso escudo.

Se dito dessa forma ainda está soando estranho para você, lembre-se que falamos de um filme de aventura e, dentro desse contexto –  pode apostar –, o longa é de tirar o chapéu. Para quem viu, por exemplo, o recente Thor, e gostou, este agora é muito superior.

Aqueles que gostam de efeitos especiais vão curtir bastante e se impressionar com a magreza inicial do ator Chris Evans no papel principal e também com todos os combates travados entre o herói, seus companheiros de guerra e os vilões a serviço do terrível Caveira Vermelha. Vai ter gente lembrando até de Guerra nas Estrelas.

Entre as curiosidades, a descoberta da origem do uso do indefectível escudo pelo herói, evidenciada em dois momentos no início do filme (com uma tampa de lixo e com a porta de um táxi), e também a  presença de ninguém menos do que o gênio Howard Stark com seus inventos. Reparou no sobrenome? Ele é o pai de Tony Stark, mais conhecido como Homem de Ferro.  Ou seja, para iniciados, um monte de referências e para o espectador comum, diversão pura.

No elenco, muitos rostos conhecidos (Tommy Lee Jones, Stanley Tucci, Hugo Weaving) e entre pistolas, tanques, metralhadoras que cospem balas e incríveis armas com lasers mortais, sobra ainda espaço para um texto bem humorado e sem exageros, que permeia as duas horas de ação (essa sim) exagerada e bem conduzida do começo ao fim.

Por sinal, estabeleceram uma bela conexão com Os Vingadores, filme que estreia somente em 2012 e reunirá vários heróis da Marvel, como o próprio América, Homem de Ferro, Thor, Hulk... Então prepare-se!  Eles vieram para ficar. Cotação: *** (Ótimo)