SÃO PAULO

Doria sobe o tom contra Bolsonaro e anuncia fechamento de comércio, restaurantes e antecipa toque de recolher

O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quarta medidas de enfrentamento à pandemia, que não para de matar

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 03/03/2021 às 18:16

Alterado em 03/03/2021 às 18:17

João Doria Foto: Folhapress / Adeleke Anthony Fote/TheNews2

Após recorde de mortes em todo o país, o governo de São Paulo decidiu colocar todo o estado na chamada fase vermelha da quarentena por 14 dias.

Na terça-feira (2), São Paulo registrou um recorde de 468 óbitos e vem lidando com altas taxas de ocupações de leitos de UTI. No total, o estado já tem mais de 60 mil mortes por COVID-19.

A fase de contenção do novo coronavírus, a mais restritiva, estipula o fechamento de todos os serviços não essenciais. As restrições terão início no sábado (6) e duram, inicialmente, até o dia 19 de março.

O governo também antecipou o horário de início do toque de recolher no estado para as 20h00, que dura diariamente até as 05h00. Antes, a restrição começava às 23h00. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu reforçar o policiamento das ruas para impedir festas clandestinas. Doria também criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à pandemia.

Igrejas e escolas permanecem abertas

Apesar disso, escolas e igrejas permanecerão abertas. O governador anunciou na segunda-feira (1º) que as igrejas seriam incluídas no rol de serviços essenciais, mesmo que os cultos já fossem liberados na fase vermelha. No caso das escolas, as instituições de ensino continuarão podendo receber até 35% de seus alunos por unidade, mas não é obrigatória a frequência escolar presencial.

Além de escolas e igrejas, a nova medida deixará abertos apenas os setores da saúde, transporte, imprensa, estabelecimentos como padarias, mercados e farmácias.

Na terça-feira (2), o Brasil testemunhou o maior registro de mortes de toda a pandemia, com 1.726 óbitos registrados. Já são mais de 257 mil mortos desde o início da crise sanitária no país. (com agência Sputnik Brasil)

Subida do tom

Doria confrontou Bolsonaro e fez duras críticas ao trabalho do governo federal no enfrentamento da pandemia.