POLÍTICA
Internacional Progressista alerta sobre operações da PRF; Corbin chama de 'repressão eleitoral'
Por POLÍTICA JB com Agência Estado
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Publicado em 30/10/2022 às 16:48
Alterado em 30/10/2022 às 16:56

Francine De Lorenzo - A Internacional Progressista, órgão que acompanha em tempo real ataques a processos democráticos ao redor do mundo, publicou em sua conta no Twitter um post em que destaca os relatos de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Brasil neste domingo (30) de eleição presidencial.
A postagem foi compartilhada por Jeremy Corbyn, membro do Parlamento britânico e ex-líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, que em 2019 concorreu com Boris Johnson para o cargo de premiê do país. "Isso é flagrante supressão de eleitores. As autoridades eleitorais devem agir rapidamente para corrigir esse ato de manipulação eleitoral", afirmou.
Acabei de ver o EXÉRCITO junto com a PRF fazendo uma blitz depois do pedágio que está causando um engarrafamento enorme na Ponte Rio-Niterói.
— Rodrigo Mondego (@rodrigomondego) October 30, 2022
ISSO É GRAVÍSSIMO!
Alexandre de Moraes
Amanda Pupo, Lavínia Kaucz e Célia Froufe - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou há pouco que operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste domingo, 30, não impediram que eleitores pudessem votar, apesar de poder ter havido atraso. Ele ainda afirmou que não há necessidade de "superlativizar" a questão e que não haverá extensão do horário de votação em razão dos episódios. "Votação termina 17h como programado (...) Isso (as operações) em alguns casos retardou a chegada dos eleitores a seção, mas em nenhum caso impediu os eleitores de chegar", disse Moraes em coletiva de imprensa realizada no TSE em Brasília.
Ontem, Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público neste domingo, para garantir o fluxo de eleitores. Apesar disso, blitze são registradas especialmente no Nordeste. A coligação de Lula acionou o TSE contra as operações e Moraes determinou o fim imediato das atividades.
O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, esteve no TSE para prestar esclarecimentos e, de acordo com Moraes, Vasques afirmou que as operações foram realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro e que não houve intenção de descumprimento da decisão do TSE. "Por exemplo, foram feitas operações em ônibus com pneu careca", disse Moraes, destacando, no entanto, que haverá uma apuração de caso a caso sobre o que ocorreu. "Segundo Vasques, foi questão de interpretação, vistorias em ônibus sem condições de transitar, em nenhum momento eles retornam a origem, prosseguiram (para as seções eleitorais)", disse. "TSE já verificou se houve prejuízo de voto a eleitores, e não houve", reafirmou Moraes.
O presidente do TSE ainda afirmou que, mesmo as operações com base no Código de Trânsito Brasileiro, também precisam cessar por determinação da Corte.