POLÍTICA

Governo tem 50,1% de avaliações negativas e 30,4% positivas, diz pesquisa

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Por POLÍTICA JB

Publicado em 10/06/2022 às 18:36

Alterado em 10/06/2022 às 18:39

Bolsonaro: pouca esperança Foto: Reuters / Adriano Machado

Matheus de Souza e Matheus Zúñiga - A popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), pesquisada pelo Modalmais em parceria com a AP Exata, se manteve no mesmo patamar da semana passada, sem muitas alterações, mostra o levantamento. As pessoas que consideram o governo ruim ou péssimo são 50,1%, mesmo patamar da última pesquisa divulgada. Os que avaliam o governo como regular aumentaram 0,1 ponto porcentual, indo para 30,4%, e os que consideram a gestão regular reduziram 0,1 p.p., ficando em 19,5%.

No entanto, destaca o levantamento, “a narrativa governista não foi capaz de reverter a ideia de que o governo deixou de priorizar o combate à fome”. Com a fome no centro do debate político, o auxílio de R$ 400, diz a pesquisa, não é visto como suficiente para mostrar que o presidente tem procurado mudar o quadro.

“Além de as pessoas se queixarem que houve uma redução do Auxílio Brasil, em comparação com o Auxílio Emergencial, muitos ressaltam que o valor não cobre as despesas mensais de uma família”, diz o documento.

Também pesou negativamente a fala de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) dizendo que ninguém passa fome com R$ 400, agravando mais o cenário para o lado governista. Também entraram na balança os pedidos de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, para que os supermercadistas congelem seus lucros com produtos de cesta básica. Isso fez com que liberais se lembrassem da gestão Sarney e da hiperinflação presente na época.

Lulistas continuaram relembrando do passado, durante o governo Lula, quando, segundo eles, o Brasil era mais respeitado internacionalmente, enquanto Bolsonaro ainda tem dificuldades em convencer internautas que a economia está no caminho certo.

No campo da terceira via, o levantamento destaca que a aliança composta pelo MDB, PSDB e Cidadania chegou a um acordo nesta semana e decidiu apoiar a campanha de Simone Tebet (MDB) para a Presidência da República. No entanto, Simone Tebet ainda continua com pouca presença nas redes, não conseguindo se colocar como uma liderança de destaque na corrida eleitoral.

Tanto a esquerda quanto a direita criticam a senadora. Do lado da oposição, pesa o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ao qual Simone Tebet foi favorável, e para apoiadores do governo, é usada contra ela sua atuação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Buscas pelo nome da senadora passaram de 6,4% para 38,6% no Google.

 

Inter

Com a intenção de recuperar um pouco de fôlego pelas críticas que sofreu no início da semana, por conta do cenário econômico, o Bolsonaro adotou um tom mais diplomático com o presidente americano, Joe Biden, na IX Cúpula das Américas, em Los Angeles. O presidente disse que a conversa com Biden foi produtiva e o elogiou, o que fez com que sua imagem se parecesse mais com a de um estadista inclusive por perfis de centro. A esquerda manteve as suas críticas ao presidente. (Agência Estado)