O deputado Eduardo Bolsonaro revoltou internautas neste domingo (3) ao debochar da tortura que a jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, sofreu durante a Ditadura Militar. Em post no Twitter, Eduardo Bolsonaro reagiu a tweet em que Miriam divulgava sua coluna que falava que Lula e Jair Bolsonaro não são iguais e que Bolsonaro é inimigo confesso da democracia. "Ainda com pena da cobra", respondeu o parlamentar.

Miriam Leitão se manifestou sobre a totura da qual foi vítima em reportagem do Globo de 2014. "Dois dias depois de ser presa e levada para o quartel do Exército em Vila Velha, cidade próxima a capital Vitória, no Espírito Santo, a jornalista Míriam Leitão, na época militante do PCdoB, foi retirada da cela e escoltada para o pátio. Seu suplício, iniciado no dia 4 de dezembro de 1972, até ali já incluía tapas, chutes, golpes que abriram a sua cabeça, o constrangimento de ficar nua na frente de 10 soldados e três agentes da repressão e horas intermináveis trancada na sala escura com uma jiboia. A caminho do pátio escuro, os torturadores avisaram que seria último passeio, como se a presa estivesse seguindo para o fuzilamento", diz a reportagem. (do Brasil 247)

REPUGNANTE! Eduardo Bolsonaro, em tweet, faz alusão à cobra que foi colocada na cela em que Mirian Leitão estava presa, na ditadura, sob tortura. Na ocasião estava grávida. É absurda a violência do tweet, que exalta a tortura e a violência contra mulher sob o arbítrio ditatorial

— Ivan Valente (@IvanValente) April 4, 2022

Caríssima @miriamleitao : como Ulysses, temos ódio e nojo de ditaduras. E de criaturas nojentas como este rapaz do deboche. Sigamos na luta para mandar essa turma de volta ao pântano. E que a Justiça puna esses que não toleram a Luz e que cometem o crime da apologia da tortura !

— Chico Pinheiro (@chico_pinheiro) April 4, 2022

Absolutamente solidária à @miriamleitao, que enfrenta tamanha baixeza e vilania. Apologistas da tortura, desumanos e cruéis, sádicos sem disfarces que se dizem defensores de ‘valores’. Jamais imaginei ver o dia em que um parlamentar federal chegasse a tal grau de ignomínia.

— ????Mônica Waldvogel (@MonicaWaldvogel) April 3, 2022