POLÍTICA

Eduardo Leite renuncia ao governo do RS, mas diz que continuará no PSDB

Leite deixa administração do estado do Rio Grande do Sul e afirma, em tom eleitoral, que sua decisão 'não é sobre as prévias, sobre o partido, é sobre o Brasil'

Por POLÍTICA JB
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Publicado em 29/03/2022 às 09:12

Alterado em 29/03/2022 às 09:16

Alvo de preconceito por ser homossexual assumido, o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, não tem política antirracismo no primeiro escalão de sua administração Foto: Folhapress / Charles Sholl

O governador do RS, Eduardo Leite, renunciou ao cargo, nessa segunda-feira (28), dizendo que está deixando o governo para respeitar a legislação eleitoral e que se sente "preparado para ser presidente".

"Eu me sinto preparado, me sinto em condições, tenho vontade, tenho disposição de ser, sim, presidente. Mas ninguém é candidato pela mera vontade pessoal. Uma candidatura à presidência é um projeto que tem de ser construindo coletivamente e eu estarei me apresentando, se entenderem que nesta função eu deva colaborar", afirmou.

Leite confirmou que não vai deixar o PSDB.

O anúncio, feito em vídeo transmitido em coletiva no Palácio Piratini, já era esperado pelo ambiente que vem se criando na sigla devido à baixa taxa de crescimento do presidenciável escolhido nas prévias para concorrer à eleição do Executivo, o governador de São Paulo, João Doria.

"Não é sobre as prévias, sobre o partido, é sobre o Brasil. Não pode qualquer projeto outro estar acima do nosso sentimento de viabilizar uma alternativa para o país", afirmou Leite.

Domingo (27), Doria rotulou como "golpe" e "uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB" a suposta articulação de parte do partido para tirá-lo da disputa presidencial em 2022.

"Diante de prévias realizadas com o amparo da Justiça Eleitoral, com investimentos também registrados na Justiça Eleitoral - foram R$ 10 milhões investidos para que o partido fizesse suas prévias - as prévias valem. Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe. Uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB", disse o tucano.

Para concorrer à presidente da República, Doria tem até o dia 2 de abril para deixar o cargo de governador de São Paulo e se dedicar integralmente à campanha presidencial deste ano, conforme manda a lei eleitoral.

Já no governo do Rio Grande do Sul, quem vai assumir o cargo na próxima quinta-feira (31) será o vice de Leite: Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).

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