POLÍTICA

Lira diz que sem respaldo científico Bolsonaro 'vai pagar' por declarações sobre Aids e vacinas

Durante seminário sobre agronegócio nesta segunda, o presidente da Câmara faz comentários sobre afirmações do chefe do Executivo relacionadas às vacinas contra covid-19 e defende o orçamento necessário para o programa Auxílio Brasil

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 25/10/2021 às 19:01

Alterado em 25/10/2021 às 19:05

Arthur Lira durante entrevista coletiva Foto: Folhapress / Pedro Ladeira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comentou a decisão do Facebook e do Instagram de tirar do ar uma live do presidente, Jair Bolsonaro, na qual afirmava que vacinas contra covid-19 poderiam gerar Aids em pessoas inoculadas.

"Se ele [Bolsonaro] não tiver nenhuma base científica, ele vai pagar sobre isso" afirmou Lira durante um seminário sobre agronegócio em São Paulo.

Na última quinta-feira (21), Bolsonaro leu uma notícia falsa na qual dizia que relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que pessoas completamente imunizadas estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida "muito mais rápido que o previsto".

Auxílio Brasil

O presidente da Câmara também defendeu o auxílio criado para substituir o Bolsa Família, e disse que o orçamento vai ferir "um pouco o teto de gastos".

"Precisamos criar esse programa temporário, esse programa vai ferir um pouco o teto, como feriu ano passado, com a PEC da guerra nós ultrapassamos o teto em R$ 700 bilhões. Esse ano, se a conversa fosse clara, de R$ 30 ou 40 bilhões, isso nada impactaria as finanças de um país que tem uma arrecadação de mais de R$ 200 bilhões", declarou.

Ao mesmo tempo, Lira voltou a criticar o Senado por ainda não ter colocado em votação o projeto que altera as regras do imposto de renda.

"Não é a saída que eu desejaria, não é a saída que eu sempre defendi, mas é a saída possível por falta de apreciação do Senado do imposto de renda, que traz um conceito correto de se taxar dividendos de quem mais ganha e exonerar os impostos das empresas que geram emprego e renda no país" afirmou.

Na sexta-feira (18), o presidente da Câmara disse que a responsabilidade pela polêmica em torno do Auxílio Brasil era do governo Bolsonaro que não soube direcionar a questão e do Senado, que ao não aprovar a reforma do imposto de renda, não dava respaldo orçamentário ao programa, conforma noticiado. (com agência Sputnik Brasil)

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