POLÍTICA

Grupos bolsonaristas mantêm 9 contas bancárias para financiar atos antidemocráticos, diz mídia

PGR e PF acompanham o financiamento das manifestações dessa terça, 7 de setembro. As contas servem para contratar ônibus, comprar faixas e alugar helicópteros

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 06/09/2021 às 06:32

Apoiadores de Bolsonaro fazem protesto pedindo intervenção militar, em Brasília Foto: Folhapress / Pedro Ladeira

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantêm pelo menos nove contas bancárias para financiar atos antidemocráticos nesse feriado.

Os apoiadores do presidente dizem que as manifestações são democráticas e que não visam a um golpe de Estado, mas Bolsonaro recentemente vem fazendo diversas ameaças à realização das eleições de 2022, com ataques aos outros Poderes, dizendo que é preciso "enquadrar" ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fazer uma "ruptura".

Integrantes da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) informaram que acompanham o financiamento dos atos e que os valores arrecadados não foram revelados pela maioria dos organizadores.

As contas usadas para financiar os atos servem para contratar ônibus e banheiros químicos, comprar faixas, cartazes, pagar alimentação e energia e até helicópteros estão sendo alugados.

Integrantes do grupo de Zé Trovão, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes que convoca a população para os atos e pede o "impeachment" dos 11 ministros do STF, disseram ao Uol que esperam ter 500 mil pessoas em Brasília e um milhão em São Paulo.

Ordem de prisão

Zé Trovão é alvo de uma ordem de prisão após convocar "atos violentos de protesto" para o 7 de setembro, mas no sábado (4) publicou vídeo em suas redes sociais afirmando que estará na Avenida Paulista, em São Paulo, durante a manifestação programada para o feriado.

A ordem de prisão contra o caminhoneiro foi expedida na sexta-feira (3) no âmbito do inquérito aberto para investigar a organização de manifestações violentas no feriado. A mesma investigação resultou na prisão do blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza.(com agência Sputnik Brasil)

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