POLÍTICA

'Qual a nova política, ficar refém do centrão?', diz Lula após indicação de Ciro Nogueira

Ex-presidente ironiza o fato de Bolsonaro estar fazendo movimentos estratégicos para se manter no poder através do centrão, prática que chamava de "velha política" e condenava durante sua campanha eleitoral em 2018

Por JORNAL DO BRASIL, [email protected]
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Publicado em 27/07/2021 às 15:38

Alterado em 27/07/2021 às 15:40

Lula Foto: reprodução de vídeo

Após a confirmação do líder do centrão, senador Ciro Nogueira (PP-PI), como novo ministro da Casa Civil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma postagem nesta terça (27) em seu Twitter, indagando Bolsonaro sobre a "velha política" e se o presidente vai ficar "refém do centrão".

O ex-presidente, que também governou com apoio de congressistas do centrão, ainda mencionou a mensagem de Fabrício Queiroz.

Queiroz é apontado como sendo o operador de esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e ontem (26), após muito tempo de silêncio, publicou uma foto com Bolsonaro e outros assessores com a legenda: "É! Faz tempo que eu não existo para esses três papagaios aí! Águas de salsichas, literalmente! Vida que segue", segundo o G1.

Lula diz no tweet: "Falava tanto de corrupção... Ainda ontem à noite eu vi o Queiroz ameaçando ele", fazendo menção ao suposto esquema de rachadinha realizado pelo assessor para o filho do presidente.

O ex-presidente ainda satirizou pedidos para que, em nome de uma união contra Bolsonaro em 2022, ele aceite ser candidato a vice.

"Quem tá pedindo pra eu ser candidato a vice deveria se lançar candidato a presidente […]. Quem quiser evitar polarização, se candidate. É simples. Eu lembro que em 89 entrei como azarão, disputando com 12 candidatos. E fui pro segundo turno... Cada partido que tiver incomodado, basta lançar candidato", disse Lula em sua rede social.

Na última pesquisa Datafolha, Lula passou de 21% para 26% nas intenções de voto, enquanto Bolsonaro foi de 17% para 19%, conforme noticiado. (com agência Sputnik Brasil)

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