POLÍTICA
Oficiais da ativa desacreditam que Forças Armadas apoiem golpes de Estado, diz jornalista
Por Jornal do Brasil
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Publicado em 13/07/2021 às 18:21
Alterado em 13/07/2021 às 18:21
Os militares da ativa rebatem qualquer tipo de participação das Forças Armadas em algum tipo de golpe ou impedimento de realização das eleições. "Isso é coisa do Bolsonaro, não tem nada a ver conosco", seria a frase dita pelos militares segundo a coluna do Estadão.
Recentes falas do presidente Jair Bolsonaro, apoiado pelo general Walter Braga Netto, geraram uma espécie de medo de um possível golpe de Estado. De acordo com Catanhêde, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Oliveira, estaria em uma "situação delicada".
Porém, parece que os generais do Alto Comando não apoiam os recentes ataques à democracia - acusações de fraude nas eleições e ameaça de não realização das mesmas em 2022 caso o voto impresso não seja aprovado - e posturas do presidente contra as vacinas, distanciamento e uso máscaras, por exemplo.
Para a colunista, até Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil, considerado fortemente bolsonarista não tem postura de apoio a qualquer confronto com o Planalto.
Após Omar Aziz, senador que preside a CPI da Covid, sugerir que existem mais militares envolvidos na corrupção nos recentes casos das vacinas e as notas publicadas pelas Forças Armadas como a que dizia que "as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições". A colunista questiona em tom de provocação "Se não, o quê?". Outra polêmica fala foi a do brigadeiro comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Jr., em entrevista ao jornal O Globo, na qual afirmou de forma autoritária que "homem armado não ameaça", fazendo referência a Omar Aziz, querendo dizer que militares não são adeptos de ameaças, mas sim de ações.
Os casos da Covaxin e das vacinas negociadas com propina de US$ 1 por dose seguem em investigação no Plenário. A empresa envolvida, a Precisa, tem má reputação, e a Covaxin ainda não tem autorização de uso no Brasil pela Anvisa.
Eliane Cantanhêde opina que as Forças Armadas têm sido prejudicadas não pela CPI, mas sim pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e seus militares.(com agência Sputnik Brasil)