ARTIGOS

Um pouco de luz

...

Por TARCISIO PADILHA JUNIOR, [email protected]
[email protected]

Publicado em 06/07/2022 às 12:38

Como presença

pura e simples.

                         Jörn Rüsen (1986)

 

O mundo se mostra para nós, mas não automaticamente, por intermédio do caráter extraordinário do mais comum.

"Só pode ser feito pela observação, geralmente mais intensa quando informada pela empatia", diz Jonathan Haidt. Sem pretensões explicativas, traz um pouco de luz.

A fragilidade das instituições, em momento marcado por antagonismos e polarizações, nos faz mais responsáveis.

A grosseria, a trapaça, a violência conseguem surtir seus efeitos. A democracia não é uma possessão caída do céu, realizá-la com um esforço contínuo muda as coisas.

Mudanças empreendidas por meio da livre associação de pessoas que partilham os mesmos princípios e valores.

Politicamente fora do controle do Estado, as pessoas ampliam sua capacidade de formar instituições duradouras, considerando diferentes opiniões e pontos de vista.

Indicador mais significativo de uma sociedade é, decerto, o tipo de história que ela escreve ou deixa de escrever.

Democracia depende da manutenção do espírito público dos cidadãos, atentos e atuantes nas questões relevantes. E governos razoáveis para com vozes discordantes.

Na democracia bem-sucedida, a sociedade busca solucionar os próprios problemas mediante acordos possíveis.

Desde a Constituição de 1988, as campanhas para presidente no País reforçam os antagonismos e as polarizações. Hoje, "nós contra eles" domina o cenário político.

Engenheiro, é autor de "Por Inteiro" (Multifoco, 2019)

Tags: