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Orlando Silva encontra Gleisi Hoffmann em reunião de apoio

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Brasília - O ministro do Esporte, Orlando Silva, se encontrou na noite de domingo com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O encontro ocorreu na casa da própria ministra e seria uma conversa amigável para que ela se inteirasse das recentes suspeitas que apontam para a existência de um esquema de irregularidades envolvendo convênios entre a pasta e ONGs, que teria desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos.

O encontro não teria sido uma convocação de Gleisi, Orlando Silva que teria decidido passar na casa da ministra. O caráter da reunião foi de apoio ao parlamentar. Segundo a assessoria da Casa Civil, o governo se coloca a favor do ministro e se diz satisfeito com a forma com que ela vem lidando com as acusações.

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O ministro vem sendo elogiado pela agilidade e rapidez com que vem se pronunciando sobre as suspeitas. Orlando Silva deve comparecer ao Congresso amanhã e, de acordo com o governo, sua saída não está sendo cogitada e seria uma visão exagerada da imprensa.

Denúncias

Segundo reportagem da revista Veja, diversos membros do PCdoB, capitaneados pelo ministro, faziam parte do esquema de irregularidades. As acusações têm como única fonte o policial militar e ex-militante do PCdoB João Dias Ferreira, que aponta o ministro como um dos beneficiados do desvio.

Ferreira foi um dos cinco presos no ano passado pela polícia de Brasília sob acusação de participar de desvios de recursos destinado a um programa da pasta. Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, na época da Operação Shaolin, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos. Ferreira, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte.

De acordo com Ferreira, as ONGs recebiam verbas mediante o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor dos convênios. Orlando Silva teria recebido, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério, uma caixa de papelão cheia de cédulas de R$ 50 e R$ 100 provenientes da quadrilha. Parte desse dinheiro, acusa a Veja, foi usada para pagar despesas da campanha presidencial de 2006.