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Dos cerca de 100 juízes sob ameaça, menos da metade têm escolta, diz CNJ

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Dos pelo menos 100 juízes ameaçados de morte no país, 42 têm escoltas. A informação é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com base em dados parciais repassados pelos tribunais de Justiça e que foram atualizados no começo da noite. O Paraná lidera o levantamento com 30 juízes ameaçados, seguido do Rio de Janeiro com 13.

Mais cedo, a corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, informou o número de 87 juízes ameaçados, registro que não incluía os dados dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com o CNJ, a juíza Patrícia Acioli não estava na lista enviada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ao conselho com os nomes de 13 magistrados ameaçados no estado.

A juíza criminal foi morta com 21 tiros na porta da casa onde morava em Niterói, região metropolitana do Rio, na madrugada de hoje (12). Patrícia Acioli era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, também na região metropolitana. Nos últimos dez anos, ela foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a grupos de extermínio.

Protesto

Na noite desta sexta-feira, a ONG Rio de Paz promoveu um ato de protesto por causa da execução de Patrícia Acioli. Na ocasião, o presidente da organização, Antônio Carlos Costa chamou a atenção para a gravidade do episódio, dizendo que o crime "aponta para um processo de mexicanização do Rio de Janeiro".