A nova ministra-chefe da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta terça-feira, após receber o convite da presidente Dilma Rousseff para ocupar o cargo, que sua gestão à frente da pasta será mais técnica do que política. "Sei da minha responsabilidade nesse processo, aceitei o tamanho da responsabilidade. A presidente me encomendou um trabalho de gestão, um acompanhamento de gestão da Casa Civil, de projetos. Espero corresponder às expectativas da presidente", disse.
Gleisi, que fará um pronunciamento amanhã no Senado sobre a nova situação, fez referência ao trabalho do ministro Antonio Palocci na Casa Civil, que pediu afastamento das funções nesta terça, após denúncias sobre sua evolução patrimonial e suposto tráfico de influência. A senadora também negou quer haja uma "maldição" na Casa Civil.
"É um momento triste, sabemos do relatório da PGR (Procuradoria-Geral da República, que arquivou o processo contra Palocci ontem), que colocou de forma clara a situação do ministro de que não há nenhum problema. É uma pena perder um ministro como Palocci no governo pela qualidade, o conheci desde a equipe de transição do (ex-presidente) Lula, ele foi muito importante no projeto de transformação do Brasil", afirmou.
A senadora afirmou ter ficado honrada e orgulhosa com o convite da presidente para ocupar o cargo. Gleisi é casada há 15 anos com o também ministro Paulo Bernardo (PT), que na gestão Dilma assumiu a pasta das Comunicações e, durante o governo Lula, ficou no Ministério do Planejamento. A nova ministra-chefe da Casa Civil deve tomar posse no novo cargo nesta quarta, às 16h.