Brasília – O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) retomou nesta manhã (17) o julgamento de Leonardo Bandarra e Deborah Guerner, promotores de Justiça do Distrito Federal, acusados de envolvimento em um esquema de corrupção e pagamento de propina revelados pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O julgamento começou no dia 6 de abril, mas foi interrompido por um pedido de vista do conselheiro Achiles Siquara, que vota agora.
Bandarra e seus advogados estão presentes no julgamento. Deborah Guerner, que recentemente foi presa por fraudar exames médicos para simular insanidade, não está no local. Até ontem (16), ela não tinha advogado para defendê-la no CNMP, uma vez que o então responsável, Pedro Paulo de Medeiros, deixou o caso no dia 5 de maio.
Quando o julgamento foi interrompido, o relator Luiz Moreira já havia pedido a demissão dos dois promotores por exigência de vantagem indevida do ex-governador José Roberto Arruda e pelo vazamento de informações sobre a Operação Megabyte. O relator também pediu a suspensão de Deborah Guerner, por 60 dias, e de Leonardo Bandarra, por 150 dias. Anteciparam voto os conselheiros Almino Afonso e Bruno Dantas, seguindo o relator.
Segundo o regimento do CNMP, o corregedor nacional não vota em processos disciplinares e o presidente vota apenas em caso de empate. No total, 13 conselheiros devem votar no caso dos dois promotores.
Deborah Guerner chegou a pedir que o julgamento ocorresse a portas fechadas, mas o pedido foi negado pelo relator.