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Militares tinham espiões na guerrilha do Araguaia, revela historiador

Médici deu licença ao general Orlando Geisel para executar opositores. Arquivo reunido ainda não tem destino

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Há mais de uma década, o historiador e jornalista Hugo Studart começou a colher documentos e depoimentos de militares que atuaram na guerrilha do Araguaia. São cerca de 20 mil páginas  que incluem arquivos das Forças Armadas e fotografias da guerrilha utilizadas para suas teses acadêmicas.

Mas, apesar do grande acervo acumulado, Studart tem tido dificuldades para encontrar uma instituição que receba e torne acessíveis as informações obtidas por ele. Pior: o historiador está receoso de que, ao fazer a doação a instituições públicas, os documentos possam ser classificados como secretos, deixando de ser acessíveis aos pesquisadores.

Entre os arquivos secretos – inéditos até hoje e obtidos com exclusividade pelo JB – está o Documento de Informação, produzido pela Agência de São Paulo do Serviço Nacional de Informação, datado de 14 de maio de 1973, que traz a relação de presos e mortos em “combate com os órgãos de segurança”.  Esses documentos referem-se à guerrilha urbana e, assim como outros arquivos, “são trabalho para outro historiador”, segundo Hugo Studart.

s mortes aconteceram “em decorrência da resistência que ofereceram por ocasião de suas prisões” durante o “entrevero com os órgãos de segurança”, registra o documento. Todos os mortos seriam da Aliança Libertadora Nacional (ALN): João Carlos Cavalcante Reis (“Marcos”), Arnaldo Cardoso Rocha (“Giba”), Francisco Emanuel Penteado (“Júlio”), Francisco Seixo Okama (“Baiano”), Romualdo Mouth Queiroz (“Papa”), Ayrton Adalberto Mortati (“Tenente”) e Marcio Beck Machado (“Luiz”). Os nomes entre parênteses, pelo que indica o documento, seriam apelidosu sados pelos opositores ao regime.

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