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Domingo, 24 de agosto de 2025

Kassab atribui transtornos em São Paulo à intensidade da chuva

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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), atribuiu à intensidade das chuvas os transtornos ocorridos em toda a cidade, entre a noite de segunda-feira e a madrugada desta terça. Ele disse que, em 11 dias do mês de janeiro, já choveu 93% da média registrada para o período nos últimos anos. "Isso mostra que a intensidade das chuvas foi muito grande. Sempre é previsto que no mês de janeiro chova bastante, portanto, essa é a razão de estarmos com todas as nossas equipes a postos".

Kassab afirmou que a administração municipal e o poder público em geral têm feito o máximo para que a cidade esteja preparada para as chuvas, seja com relação aos profissionais envolvidos quanto aos recursos investidos. Segundo ele, 2010 foi o ano no qual mais se investiu em obras de melhorias para evitar transtornos com as enchentes.

Sobre a Bacia do Rio Aricanduva, na zona leste da capital, o prefeito disse que só depois de seis anos de obras intensas ocorreu o primeiro alagamento no local. Apesar dos investimentos feitos para aumentar a capacidade de vazão do rio, choveu mais do que o suportado pelas obras. "O que nos conforta é que as obras ainda não chegaram ao final. Faltam ser construídos dois reservatórios e fazer as obras na ponte de Itaquera, o que nos permitirá ter uma capacidade maior ainda para enfrentar chuvas intensas".

Kassab afirmou que os bueiros da cidade são constantemente limpos e disse que na região oeste, nas proximidades do Ceagesp (Central pública de abastecimento de frutas, verduras e legumes), esse trabalho é feito com frequência. Disse que os "piscinões" construídos em diversas áreas de risco corresponderam à expectativa. "Todos estavam preparados e ajudaram muito para que a consequência não fosse ainda pior". De acordo com ele, o trabalho de desassoreamento que vem sendo feito no Rio Tietê desde o ano passado dará condições para que o rio suporte volumes ainda maiores de chuva.

O prefeito disse que, este ano, a prefeitura investirá recursos próprios e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em áreas da zona sul, que têm sido atingidas com frequência pelas chuvas. Ele negou que faltaram investimentos pra atenuar os efeitos dos temporais. "O que posso afirmar é que os investimentos que acontecem hoje na cidade de São Paulo são inquestionavelmente superiores a qualquer investimento que foi realizado em qualquer ano na história da cidade de São Paulo. O importante é que o orçamento seja usado de maneira bastante justa e equilibrada", disse o prefeito.

Bombeiros contabilizam 13 mortos

O Corpo de Bombeiros contabiliza pelo menos 13 mortes na Grande São Paulo e interior do Estado por causa das chuvas que começaram a cair ainda na noite de segunda-feira. Entre as vítimas fatais estão cinco mulheres em São José dos Campos, três pessoas em Mauá, três na capital paulista, uma em Mogi das Cruzes e uma em Embu das Artes.

Entre as vítimas de São José dos Campos estão duas crianças de 3 e 11 anos e uma senhora de 54. Outros dois adolescentes, de 13 e 16 anos, foram socorridos com vida a um hospital local. O acidente ocorreu na avenida Rio Comprido, por volta das 23h. Cinco casas foram soterradas.

Em Mauá, uma pessoa morreu com o desmoronamento de uma casa na rua Vereador Alberto Ratti, 623. Outras duas pessoas morreram com o desabamento de uma casa na rua Dorival Rezende da Silva. Ainda na cidade, na rua Zoado Ferreira da Silva, 209, duas pessoas ficaram feridas e foram socorridas pelos bombeiros.

Por volta de 0h30, mãe e filha morreram após o desmoronamento de uma casa no bairro Furnas, zona norte de São Paulo. Elas chegaram a ser socorridas a um pronto socorro, mas não resistiram aos ferimentos. A residência ficava na rua Virgínia de Araújo, 450.

Também por volta da 0h, um barranco desmoronou sobre uma casa, localizada na rua Nilton Machado de Barros, 675, Parque Fernanda, região do Capão Redondo, zona sul paulista. Os bombeiros chegaram ao endereço a 1h e, uma hora depois, encontraram uma pessoa com vida. Mais tarde, porém, foi noticiada a morte de uma pessoa, cujo sexo ainda não foi identificado.

O município turístico de Embu das Artes, na região metropolitana, registrou uma morte, e uma pessoa também morreu em Mogi das Cruzes, por afogamento.