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SP: menino de 2 anos internado em coma alcoólico recebe alta

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O menino de 2 anos que foi internado em coma alcoólico no último domingo, em Sertãozinho, a 333 km de São Paulo, recebeu alta do hospital na manhã desta terça-feira. A criança foi avaliada pela equipe médica da Santa Casa do município às 10h e foi levada pela avó materna, Natalina Militão, por volta do meio-dia.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a alta foi motivada pelo quadro de saúde estável apresentado pela criança ao longo da internação. O menino de 2 anos se alimenta normalmente e já tem disposição para brincar, de acordo com a Santa Casa, que informou que o paciente não apresenta sequelas.

A criança deu entrada na Santa Casa de Sertãozinho no último domingo, com sintomas de embriaguez. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado responsável pela investigação encontrou uma garrafa de cachaça na casa da criança. Os pais do menino foram presos.

O bebê foi levado ao hospital inconsciente e sem responder aos estímulos dos médicos. Segundo o hospital, a mulher que levou o menino à instituição disse que a criança foi atropelada, mas a hipótese foi descartada. Após notarem um forte hálito de álcool no menino, os médicos confirmaram a intoxicação. Foi coletada uma amostra de sangue do bebê, mas o resultado ainda não foi informado.

Avós ficarão com criança e mais 4 irmãos

O delegado responsável pelo caso, Pláucio Fernandes, informou que os avós do menino estão com a guarda provisória do menino internado e de mais quatro irmãos, com idades entre 2 e 7 anos. Em depoimento, os pais da criança negaram ter dado bebida alcoólica para o menino.

Ainda conforme Fernandes, vizinhos da família disseram que a cena das crianças com garrafas de cachaça na mão era "recorrente". O laudo pericial sobre a presença de álcool no organismo da criança deve sair no decorrer desta semana.

O delegado estabeleceu uma fiança de R$ 310 para cada um dos presos. Segundo o delegado, eles foram autuados por entregar bebida alcoólica a menor, crime que tem pena de dois a quatro anos de prisão, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Caso a criança tivesse sequelas decorrentes do consumo de álcool, os pais poderiam ser condenados por lesão corporal grave.