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Marcha da Maconha reúne 1,5 mil no Recife

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JB Online

RECIFE - A Marcha da Maconha no Recife reuniu cerca de 1,5 mil participantes. A organização distribuiu 20 mil panfletos chamando a população para o ato. A concentração aconteceu no Cais do Apolo, no bairro do Recife Antigo. Seguindo a diretriz nacional, o porte e o consumo da maconha durante a marcha foram desaconselhados pelos organizadores.

A Marcha estava programada para acontecer também em Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, João Pessoa, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Fortaleza, Florianópolis, Vitória, Brasília e Santos.

- A Marcha é um evento sério que tem o objetivo de debater o assunto para mudar a lei que criminaliza o uso. Não queremos fazer apologia. Queremos apenas que a produção e a distribuição da maconha sejam regularizadas no País - disse um dos organizadores do evento, Gilberto Lucena Borges.

Segundo Borges, a regulamentação da maconha traria benefícios econômicos e sociais.

- A discriminalização geraria divisas para o Estado. A legalização da produção e da distribuição iria reduzir os índices de violência e poderia contribuir para uma cultura de paz. Além disso, a plantação da erva seria uma opção econômica também para o semi-árido nordestino - defende Borges.

Os manifestantes seguiram em passeata por algumas ruas do Recife Antigo e fizeram uma nova concentração no marco zero da cidade. Com palavras de ordem, muitos usaram máscaras, bandeiras e camisas com frases em defesa do uso da maconha.

- Quem diz que a maconha é porta de entrada para outras drogas está sendo guiado pelo preconceito, porque não há dados que comprovem isso, mas sim que o álcool é a primeira droga consumida pela maioria das pessoas - completa o organizador.

Segundo a Organização Nacional da Marcha da Maconha, o evento foi realizado em 237 cidades no mundo.