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Centrais fazem ato público em favor da redução da jornada de trabalho

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JB Online

SÃO PAULO - Para aproveitar o Dia Internacional em Homenagem às Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionados ao Trabalho, as centrais sindicais realizaram nesta segunda-feira um ato público na região central de São Paulo e colheram assinaturas para um abaixo-assinado da Campanha Nacional pela Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salários. O tema da campanha é Redução da Jornada é mais Saúde do Trabalhador.

Segundo o dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), Plínio Pavão, com o passar dos anos, o crescimento da demanda aumentou a pressão por produtividade e mesmo com o desenvolvimento da tecnologia os trabalhadores não encontram melhores condições de trabalho.

- Em todos os setores há aumento da carga de trabalho e esse é o principal fator de adoecimento do funcionário. Ou seja, o ambiente de trabalho adoece o trabalhador. A redução da jornada diminui a exposição dos trabalhadores - defendeu Pavão.

Na avaliação do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a redução da jornada de trabalho, em muitos casos, pode ser um fator redutor dos acidentes. Ele lembrou que, em grandes centros, há pessoas que precisam de três a quatro horas para fazer o deslocamento de casa para o trabalho.

- Isso o torna muito cansado, não rende. Mais as oito horas que ele tem que trabalhar e ainda fazendo algumas horas-extras, as condições físicas ficam precárias o que possibilita um maior número de acidentes - disse o ministro que participou hoje de assinatura de convênio para a realização de cursos sobre prevenção de acidentes de trabalho.

Ainda segundo ele, a redução da jornada é uma luta dos trabalhadores e o governo não pode impor ao sistema patronal que acate essa mudança, entretanto, pode ser mediador de negociações em busca da solução.

Com informações da Agência Brasil