Portal Terra
PORTO ALEGRE - A polícia procura Marcos Renato Lanz, de 46 anos, que atuou como médico durante dois anos na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Lanz não conseguiu se formar na faculdade de Medicina pois foi desligado pela universidade após 18 anos no curso e 97 reprovações. Dois diagnósticos errados feitos por Lanz teriam causado a morte de dois pacientes.
As notas mais comuns no histórico escolar do falso médico eram zero, um e dois. Com uma cópia de um diploma, ele falsificou seu certificado e conseguiu emprego como médico em uma pequena cidade do interior gaúcho. O salário era de R$ 5,8 mil.
Depois de ser contratado pela prefeitura de São Sebastião do Caí, Lanz passou a atender em um posto de saúde de uma das vilas mais pobres do município. Ele chegou a atender uma média de 30 pacientes por dia durante dois anos.
Em setembro do ano passado, a farsa foi descoberta. O Ministério Público denunciou Marcos Lanz por falsidade ideológica, exercício ilegal da medicina e homicídio. Dois diagnósticos errados teriam causado a morte de dois pacientes. Um deles, que recebeu tratamento para infecção urinária, tinha câncer.
De acordo com o promotor de Justiça, Charles Martins, "foi uma falha absurda da administração municipal que aceitou que ele comprovasse a sua condição de médico mediante a apresentação de um simples certificado, um simples xeróx não autenticado de um certificado de conclusão do curso de medicina".
O prefeito do município, Léo Klein, tentou justificar a contratação do falso médico alegando que "não é normal uma pessoa se apresentar como médico e partir uma desconfiança de nós.
Lanz também trabalhou por um ano e dois meses no único hospital da cidade. O falso médico está foragido.