Agência JB
BRASÍLIA - Em nota à imprensa, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse que a representação do Ministério Público Federal para abertura de ação penal contra ele servirá de oportunidade para comprovar o que qualificou de 'injustiça e embuste político'. Ele é acusado pelo Ministério Público de ter utilizado um esquema de caixa 2 na sua campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998.
O esquema teria sido operado pelo empresário Marcos Valério de Souza, investigado, em 2005, pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Mensalão. Valério e mais 39 pessoas já respondem a processo no Supremo Tribunal Federal (STF), que em agosto aceitou denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o esquema de compra de votos da base aliada no Congresso Nacional entre 2003 e 2005.
Na nota, o parlamentar afirma que sua campanha foi realizada pela empresa Duda Mendonça (DM). O comunicado, no entanto, admite a participação da agência de publicidade SMPB, de Marcos Valério, que contribuiu com material impresso e com participação em eventos.
- A SMPB não foi por mim contratada. A agência produziu parte do material de campanha e eventos, já que o então candidato a vice-governador Clésio Andrade, vice-governador de Minas Gerais no primeiro mandato do governador Aécio Neves, havia sido sócio da empresa - justificou o texto.
O parlamentar nega ter havido desvio de recursos públicos em sua campanha. Azeredo reafirmou não ter tido conhecimento nem autorizado os empréstimos tomados pela SMPB no Banco Rural. Especificamente sobre as denúncias enviadas pelo Ministério Público Federal, Azeredo alega que os documentos que nortearam as investigações são falsos e elaborados por adversários políticos. - Tal documentação foi fabricada por um lobista que responde a diversos processos, inclusive, por falsificação de documentos. Aliás, esse falsário é por mim processado.
O parlamentar negou que tenha a intenção de afastar-se do cargo por conta da ação proposta ao STF pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. - Não teria motivo nenhum. Existe uma proposta de abertura de processo, não existe, sequer, processo ainda - disse.
Com informações da Agência Brasil