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SÃO PAULO - O Sindicato dos Metroviários de São Paulo solicitou uma audiência no Ministério Público do Trabalho, nesta segunda-feira, para tentar cancelar parte das 61 demissões de trabalhadores da categoria, que foram demitidos pelo governo do Estado após a realização de uma greve nos dias 2 e 3 de agosto. A greve foi considerada ilegal pela Justiça.
A juíza Cátia Lungov, relatora do dissídio de greve dos metroviários, preside a audiência com representantes do Ministério Público do Trabalho da 2ª Região, da Companhia do Metropolitano de São Paulo e do Sindicato dos Metroviários. As demissões se deram por, de acordo com o Metrô, por baixo desempenho dos funcionários.
O presidente do Sindicato dos Metroviários, Flávio Godoy, afirma que as demissões foram uma retaliação do governo por conta da greve. Ele diz que assim que a greve foi considerada ilegal, os trabalhadores voltaram aos seus postos.
- Esperamos reverter pelo menos essas demissões em parte. O governo alega que as demissões foram por baixo desempenho, mas muitos trabalhadores estão na companhia há mais de 20 anos e nunca tiveram queixa sobre o seu trabalho - disse.
O anúncio das demissões foi feito na segunda-feira. A empresa informou que vai abrir concurso público para contratar mais 100 empregados, dentre eles 60 supervisores de tráfego e 40 operadores de trem.
Segundo nota da companhia, "nenhuma demissão atingiu funcionário com estabilidade, seja dirigente sindical, seja componente de chapa que disputará eleição sindical".
A nota ressalta ainda que a empresa tem 7,5 mil funcionários e que no processo "foram realizadas mil promoções por mérito".